Política

Mendes não nega que pediu R$ 20 milhões a Silval para a campanha de Taques

O ex-prefeito Mauro Mendes (PSB) não negou que tenha feito pedido de colaboração financeira ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB) para a campanha do então senador Pedro Taques (PSDB) ao governo de Mato Grosso. Ele confirmou que participou de reunião, em sua casa, cerca de 45 dias antes do início do período eleitoral, de 2014, com Pedro Taques, Silval Barbosa e Blairo Maggi (PP) para “discutir política” e fez pedido de ajuda para seu grupo político, mas não citou diretamente o valor de R$ 20 milhões.

“Tenho certeza do que fiz. Se fiz, não teve nada de ilegal. Recebi o Pedro Taques, Blairo Maggi e o ex-governador [Silval Barbosa] na caminha cada um mês, um mês e meio antes das eleições e discutimos política, sobre a candidatura do então senador Pedro Taques, numa conversa que durou cerca de uma hora, onde conversamos de tudo”, disse em entrevista à rádio Capital FM, nesta quarta-feira (30).

“Mas, como membro de um grupo político, sem nenhuma responsabilidade de coordenação financeira. Porém, não vou entrar nisso de ter que provar ou não o que fiz. Se a Justiça me chamar para dar esclarecimento sobre algum assunto, vou falar a verdade porque a verdade neste caso não me prejudica”.

Em delação premiada feita com a Procuradoria Geral da República, o ex-governador Silval Barbosa disse que Mauro Mendes pediu R$ 20 milhões de para a campanha de Pedro Taques ao governo em 2014. Segundo Silval Barbosa, Mendes ocupava o cargo de coordenador financeiro da campanha de Taques e fez o pedido diretamente a ele.

Na mesma reunião, conforme Silval Barbosa, um acordo teria sido feito com Pedro Taques feito acordo de apoio à campanha, com condições que incluiriam a restrição a investigações de ações tomadas no governo dele.

O ex-governador, investigado em ao menos sete operações deflagradas nos últimos meses, disse ter sido orientado por Blairo Maggi, hoje ministro da Agricultura, e pelo ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, a se aproximar de Taques. Em troca, Silval não apoiaria a candidatura de Lúdio Cabral (PT), aliado do PMDB à época das eleições, para o governo do Estado.

Ainda conforme a reportagem, Silval Barbosa disse que concordou com a proposta, mas exigiu que Taques assumisse o compromisso de não investigá-lo. Taques teria reforçado uma garantia de não abrir qualquer ação para investigar ações da gestão Silval Barbosa.

Silval Barbosa ainda sugeriu que o acordo envolveria o comprometimento de secretários estaduais durante o tempo de campanha em não manifestar apoio a Lúdio Cabral. E em alguma ocasião, Taques teria reclamado sobre o apoio que demonstrado por alguns secretários próximos a Silval.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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