Política

Taques nega caixa 2 em campanha e diz que já prestou esclarecimento à PGR

O governador Pedro Taques negou, por meio do Gabinete de Comunicação, que as afirmações feitas por Alan Malouf sobre caixa 2 na campanha de 2014 sejam verdadeiras. No último dia 03, a Juíza Selma Arruda, autorizou o compartilhamento de provas com a Procuradoria Geral da República (PGR) sobre a denúncia.

Em nota, Taques reiterou que suas movimentações financeiras na campanha “encontram-se devidamente registradas na Prestação de Contas do PDT – partido pelo qual disputou as eleições – inclusive despesas ainda não pagas e que foram aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral”.

Taques foi citado na delação premiada do empresário Alan Malouf, que disse ter acatado o pedido do chefe do Executivo no pagamento de caixa 2 na última campanha.

Em troca da propina, Taques teria autorizado um esquema de desvio de dinheiro dentro da Secretaria de Educação do Estado (Seduc), por meio de fraudes em licitações de obras públicas para quitar empréstimo ilegal do empresário.

O escândalo da Seduc só foi descoberto na deflagração da Operação Rêmora, com mandados expedidos pela 7ª Vara. As ações também levaram a prisão do empresário Giovani Guizard, que logo depois firmou termo de colaboração premiada com o MPE.

“O governador classifica as declarações do investigando como uma tentativa sórdida e mentirosa de envolvê-lo em ações criminosas das quais jamais teve conhecimento, tampouco delas deu ordem ou participou”, pontuou.

Segundo a nota, o governador prestou, no dia 04 de maio de 2017, informações à Procuradoria Geral da República sobre a mesma Operação, apontando os equívocos do depoimento do empresário.

Leia a nota na íntegra: 

Acerca do pedido do Ministério Público de Mato Grosso de compartilhamento de provas da Operação Rêmora com a Procuradoria-Geral da República, o Governo de Mato Grosso vem a público esclarecer o que segue:

01) O governador Pedro Taques nega enfaticamente as afirmações levianas e absurdas do investigado Alan Malouf sobre a fantasiosa existência de valores não contabilizados (o chamado “caixa dois”) na campanha de 2014, e reitera que todas as movimentações financeiras do referido pleito eleitoral encontram-se devidamente registradas na Prestação de Contas do PDT, partido pelo qual Pedro Taques disputou aquelas eleições – inclusive as despesas ainda não pagas – sendo que a prestação de contas da campanha foi aprovada sem ressalvas pela Justiça Eleitoral.

02) O governador afirma, ainda, que Alan Malouf jamais exerceu qualquer cargo ou delegação na arrecadação de fundos eleitorais, e que todas as doações, de pessoas físicas ou jurídicas (na época, permitidas) foram devidamente registradas. Portanto, caso haja qualquer valor que eventualmente tenha sido movimento pelo investigado e que não esteja contabilizado, não foi utilizado na campanha, cabendo apenas e tão somente ao investigado esclarecer origem e destino dos valores por ele mencionados.

03) O governador classifica as declarações do investigando como uma tentativa sórdida e mentirosa de envolvê-lo em ações criminosas das quais jamais teve conhecimento, tampouco delas deu ordem ou participou. Lamenta, ainda, que o investigado tente envolvê-lo nos atos ilegais, contrariando todos os demais depoimentos já prestados nessa investigação – com o claro propósito de desviar o foco das acusações que pesam contra si -, e informa que constituiu advogados para atuar no processo judicial e garantir que a verdade prevaleça. E a verdade é uma só: Pedro Taques tem uma vida de luta contra a corrupção e os corruptos, já tento enfrentado e desmantelado inúmeras quadrilhas que agiam no Estado e no país, e jamais compactuaria com qualquer ato ilegal, especialmente relacionado a desvios de recursos públicos.

04) O governador Pedro Taques já prestou, no dia 04 de maio de 2017, informações à Procuradoria Geral da República sobre a mesma Operação, apontando os equívocos do depoimento do empresário Alan Malouf, já narrados acima, e restabelecendo a verdade dos fatos.

05) Por fim, o Governo do Estado esclarece que, embora o investigado tenha mantido relacionamento social com Pedro Taques, suas empresas jamais venceram qualquer licitação ou contrato na administração estadual a partir de 01 de janeiro de 2015, uma vez que o governador, por estrita obediência às leis, nunca interferiu e jamais interferirá em qualquer processo de aquisição ou licitação no âmbito do Governo do Estado ou em qualquer outro Governo.

Cuiabá-MT, 21 de agosto de 2017.

GCOM – Gabinete de Comunicação do Governo de Mato Grosso

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