O prazo dado pela Justiça Federal para apresentação de uma nova proposta para retomada das obras do VLT encerra na próxima sexta-feira (25). Governo e Consórcio VLT deverão propor acordos de tempo e valor para retomada de obras do modal em consenso com exigências dos Ministérios Públicos Federal e Estadual.
Hoje, a negociação com o consórcio está suspensa por decisão do governador Pedro Taques e em decorrência da Operação Descarrilho, deflagrada pela Polícia Federal, no começo deste mês. As empresas que compõem o grupo, no entanto, diz que mantém a posição de negociar novas medidas para a conclusão do projeto.
“O consórcio mantém a posição de negociar a conclusão das obras, mesmo com a decisão do governo de suspender as negociações”, disse a assessoria de imprensa do consórcio.
O acordo, no governo, está sob o comando da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que orientou o governador a suspender as negociações no dia da deflagração da Operação Descarrilho.
A Polícia Federal iniciou a operação na quarta-feira (9) cumprindo mandados de busca e apreensão e condução coercitiva deferidos judicialmente em investigação conduzida pelo Ministério Público Federal e pela PF.
A operação apura os crimes de fraude a procedimento licitatório, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais, em tese, ocorridos durante a escolha do modal VLT e sua execução na Capital de Mato Grosso.
Durante a investigação foram colhidos elementos de prova pelo MPF e pela Polícia Federal que apontam fundados indícios de acertos de propina com representantes de empresas integrantes do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, bem como desvio de recursos por intermédio de empresas subcontratadas pelo consórcio.