Economia

Superávit comercial supera os US$ 45 bilhões na parcial de 2017

O governo chinês abriu nesta sexta-feira (18) uma investigação antidumping sobre as importações de carne de frango do Brasil, após reclamação da indústria doméstica de que o país está vendendo seu produto abaixo do valor de mercado.

O Brasil é o maior exportador global do produto, e a China é seu terceiro principal mercado, perdendo apenas para a Arábia Saudita e o Japão.

O Ministério do Comércio chinês informou, em nota sobre a investigação publicada no site da pasta, que o Brasil respondeu por mais de 50% da oferta de frango para a China entre 2013 e 2016. O país substituiu os Estados Unidos como maior fornecedor de frango depois que a China adotou tarifas antidumping sobre os produtos dos EUA em 2010.

Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), de janeiro a julho deste ano, o Brasil exportou 226,5 mil toneladas de carne de frango para a China —principalmente extremidades, como asas e garras. O valor representa 9,2% de todas as exportações brasileiras desse tipo.

balança comercial registrou superávit de US$ 45,05 bilhão no acumulado de 2017 até domingo (20), informou nesta segunda-feira (21) o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Isso quer dizer que as exportações brasileiras superam as importações em US$ 45,05 bilhões entre o iníco de janeiro e o último domingo.

O resultado é melhor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foi apurado um superávit de US$ 31,09 bilhões.

No acumulado de 2017, as exportações somaram US$ 137,52 bilhões, com média diária de US$ 864 milhões (alta de 17,2% sobre o mesmo período do ano passado).

Já as importações somaram US$ 92,46 bilhões, ou US$ 581 milhões por dia útil (aumento de 7% em relação ao mesmo período de 2016).

Resultado parcial de gosto

Já no acumulado apenas do mês de agosto, até domingo (20), as exportações superaram as importações em US$ 2,54 bilhões. Ou seja, também houve superávit.

Neste período, as exportações somaram US$ 11,05 bilhões, com alta de 6,9% sobre agosto de 2016. Já as importações somaram US$ 8,5 bilhões, aumento de 8,7% na mesma comparação.

Cresceram, em agosto, as vendas ao exterior de produtos básicos (+10,1%), semimanufaturados (+3%) e de manufaturados (+5,4%).

Do lado das importações, cresceram as compras de bebidas e álcool (+51,7%), siderúrgicos (+41,5%), adubos e fertilizantes (+38,5%), combustíveis e lubrificantes (+36,5%) e borracha e obras (+24,5%).

Previsões para este ano

A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa do Banco Central, é que o saldo positivo da balança comercial neste ano supere o de 2016.

A previsão dos analistas é de superávit de US$ 61,9 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior em 2017. No ano passado, o saldo positivo ficou em US$ 47,7 bilhões e bateu recorde.

Já o Banco Central prevê um superávit da balança comercial de US$ 54 bilhões para este ano, com exportações em US$ 203 bilhões e importações no valor de US$ 149 bilhões.

O Ministério do Desenvolvimento, por sua vez, estima um saldo comercial positivo acima de US$ 60 bilhões para este ano.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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