O ex-jogador de futebol argentino Diego Maradona enviou nesta terça-feira uma mensagem de apoio ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na qual se oferece como “soldado” da revolução bolivariana, sendo prontamente criticado pelo ex-companheiro de seleção e hoje comentarista Mario Kempes.
“Somos chavistas até a morte. E quando Maduro ordenar, estou vestido de soldado para uma Venezuela livre, para lutar contra o imperialismo e os que desejam apoderar nossas bandeiras, que é o mais sagrado que temos”, escreveu Maradona no Facebook.
Em uma mensagem que também tem a assinatura de sua namorada Rocío Oliva, Maradona voltou a expressar apoio ao governo venezuelano.
“Viva Chávez. Viva Maduro. Viva a revolução. Vivam os venezuelanos de pura cepa, não os venezuelanos interessados e envolvidos com a direita”, afirmou.
Kempes, artilheiro da seleção argentina campeã do mundo em 1978, não demorou para criticar a atitude de Maradona.
“@DiegoMaradona como você pode apoiar a morte de 124 jovens, por defenderem a liberdade e democracia de seu país! NÃO À DITADURA!”, escreveu no twitter o ex-jogador de 63 anos.
A Venezuela atravessa uma aguda crise política, econômica e social com enfrentamentos entre forças de segurança e milícias pró-governo, de um lado, e a oposição, do outro, que deixaram 125 mortos em uma situação de violência que provocou repúdio internacional.
Quatorze chanceleres da América se reunirão nesta terça-feira em Lima para abordar a crise, três dias depois de o Mercosul ter anunciado a suspensão da Venezuela alegando uma “ruptura da ordem democrática”.