Marco Luque havia acabado de receber a notícia de que o programa CQC, do qual participara na Band, chegava ao fim depois de oito anos. Era dezembro de 2015. Enquanto saía da emissora, o humorista recebeu uma ligação de Serginho Groisman. “Fiquei sabendo do que aconteceu. Cara, eu não sei como, a gente nunca falou sobre isso, mas tô aqui, expressando a minha vontade de ter você no Altas Horas”, disse o apresentador, na época. Foi aí, que se desenhou a parceria entre os dois em frente às câmeras.
Groisman já era um grande amigo e admirador de Luque. “Quando fui pela primeira vez ao show dele, achei totalmente diferente, o máximo. Ele entra primeiro como o personagem Betoneira. Não o reconheci na hora. Pensei que o espetáculo ainda não tinha começado, que era outra pessoa. Que talento, que cara legal”, lembra o apresentador.
Depois de um ano de “namoro”, os dois decidiram que Luque levaria à temporada 2016 da atração, seus personagens de maior sucesso no teatro, como o motoboy Jackson Faive, o taxista Silas Simplesmente, o nerd Ed Nerd, o rastafári vegetariano Mustafary e a empregada doméstica Mary Help. “Começamos do zero com as ideias, queríamos algo que fosse legal para todos. Tive a oportunidade de mostrar um trabalho muito forte que faço há 10 anos com os personagens, desde o Terça Insana, e juntar com uma experiência de 8 anos de TV”, conta o humorista.
Com a grande repercussão de Luque e de seus personagens no Altas Horas, ele passou de uma, a duas entradas no programa e ainda alavancou a audiência da atração. “Estou muito feliz. Venho tendo uma resposta boa da galera, percebo nas redes sociais, nas ruas. Acho que a minha popularidade aumentou. O programa atinge todo o tipo de público”, comemora Luque, que é só elogios ao chefe. “A gente tem até que tomar cuidado, porque, quando estamos falando de trabalho, a gente escapa toda hora do assunto (risos). Falamos coisas que não podemos colocar no ar, barbaridades. Aí, a gente lapida o que sai da confusão para aproveitar no ar”.
“O Luque é um cara daquele tipo que todo mundo gosta. A gente vê ele na TV, os personagens, é tudo muito engraçado. Mas tem um outro lado que é o da dedicação que ele tem com o seu trabalho e que pouca gente fala. Cada personagem tem uma história e isso é fruto de um trabalho que não para. Quando ele entra para se apresentar, tem um trabalhão por trás que precisa ser reconhecido tanto quanto a qualidade do ser humano que ele é”, diz Groisman.