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Por G1
Imagens veiculadas pela TV estatal KRT nesta quarta-feira (26) mostram o exercício militar de artilharia com fogo real realizado pela Coreia do Norte no 85º aniversário da fundação de seu Exército. As imagens mostram que um grande número de unidades de artilharia foram mobilizadas na região de Wonsan, em sua costa leste.
Segundo o Exército da Coreia do Sul, as artilharias são de longo alcance. Jornalistas independentes não tiveram acesso para cobrir o evento registrado nas imagens.
Fontes da agência sul-coreana "Yonhap" disseram nesta terça que este foi "o maior exercício de tiros" até agora. O líder norte-coreano Kim Jong-un teria participado das manobras, onde teria testado artilharia de longo alcance, de acordo com uma fonte do governo citada pela agência.
A Coreia do Norte tem uma base aérea em Wonsan e mísseis também já foram testados na região.
O exercício militar norte-coreano chega em um momento de tensão na região por conta dos testes armamentícios de Pyongyang e o crescente temor que o país asiático realize um novo teste nuclear que aumente a crise com os Estados Unidos.
Tensões com os EUA
No mesmo dia em que os exercícios militares foram conduzidos, o submarino americano USS Michigan, com mísseis guiados, chegou à Coreia do Sul.
Além do submarino, os EUA enviaram à península da Coreia o porta-aviões americano Carl Vinson, em resposta aos contínuos testes balísticos norte-coreanos.
A embarcação e sua frota de ataque se encontram atualmente realizando exercícios conjuntos estratégicos com tropas japonesas no Pacífico e planejam se aproximar da península da Coreia no final desta semana.
Exercícios dos EUA e Coreia do Sul
De acordo com a agência Efe, forças da Coreia do Sul e dos Estados Unidos realizaram nesta quarta, um dia após o exercídio da Coreia do Norte, uma de suas maiores manobras conjuntas com fogo real já efetuadas até então. As imagens forsam divulgadas pela agência Associated Press.
Os exercícios foram feitos no condado de Pocheon, com manobras previamente programadas que fazem parte das simulações conjuntas que Seul e Washington fazem em cada ano no território sul-coreano.
Participaram 30 helicópteros, 90 tanques e veículos blindados, 30 caças e cerca de 2 mil militares participaram dos exercícios, que simulam uma resposta relâmpago a um possível ataque norte-coreano sobre postos de guarda da Coreia do Sul.
Também foram implantadas várias unidades de lança-foguetes múltiplos M270 dos EUA, um temido lançador motorizado e blindado que disparou diversos mísseis durante estes jogos de guerra.
'Todas as opções sobre a mesa'
A Coreia do Norte disse na segunda (24) que reforçará suas "medidas nucleares de auto-defesa", após a ordem de Washington de enviar para a península coreana o porta-aviões Carl Vinson.
As forças armadas da Coreia do Norte "responderão com golpes mortais" e resistirão "qualquer tentativa de guerra total com um ataque nuclear sem piedade", disse o regime.
O presidente americano Donald Trump e vários altos funcionários de sua administração advertiram a Coreia do Norte que "todas as opções estão sobre a mesa" no caso dos programas nuclear e balístico de Pyongyang, incluindo a opção militar.
Trump afirmou na segunda-feira que o Conselho de Segurança da ONU deveria "estar preparado" para impor novas sanções a Pyongyang. A ONU já aprovou seis séries de sanções contra a Coreia do Norte.
Já o presidente da China, Xi Jinping, pediu que todos os lados demonstrem cautela. A China é a única aliada da Coreia do Norte, mas tem expressado revolta com seus programas nuclear e de mísseis e frustração com a beligerância do regime.