Política

Vivemos um clima de terra sem lei, diz Igreja após chacina

Foto: Ilustração 

A Prelazia de São Félix do Araguaia lamentou a morte de nove homens na zona rural de Colniza (1.065 km a noroeste de Cuiabá), durante um ataque por disputa de terras na quinta-feira (20). “Clamamos justiça e que os autores desses crimes sejam processados e punidos”, pediram em nota enviada a imprensa.

Segundo a comunidade católica denunciou, os ataques da Gleba Taquaruçu vem acontecendo desde 2004. Em 2007, ao menos 10 trabalhadores foram vítimas de torturas e cárcere privada, e três agricultores foram assassinados.

“Como estão, neste momento, as famílias que vivem em Colniza? O município já foi considerado o mais violento do país. Sabemos que na região existem outros conflitos de extrema gravidade, como o da fazenda Magali, desde o ano 2000, e o conflito na Gleba Terra Roxa, desde o ano de 2004. A população teme que outros massacres possam acontecer”, expõem.

De acordo com eles, a ‘consequente’ impunidade no campo ‘fruto da omissão dos órgãos públicos’, perpetua para a violência. “Vivemos um clima de “Terra sem lei”, uma verdadeira guerra civil em nosso país”.

Segundo a Polícia, um grupo encapuzado invadiu a área e atirou contra as famílias que moram no local. A suspeita é de que os autores do crime sejam capangas de fazendeiros da região. Nenhuma mulher ou criança estão entre as vítimas, como se supôs inicialmente. No assentamento vivem cerca de 100 famílias que sobrevivem da agricultura de subsistência.

Por fim a comunidade religiosa ressaltou que apesar do massacre ocorrido, jamais roubarão os sonhos e a esperança do povo. “E jamais calará a voz das comunidades que lutam”. 

Leia mais:

Polícia confirma morte de 9 homens em chacina em Colniza-MT

Catia Alves

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