Política

Maggi nega pagamento de propina a deputados e diz estar tranquilo

Foto: Reprodução

Por meio de nota, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP), negou que pagava propinas milionárias para que deputados estaduais o apoiassem enquanto governador de Mato Grosso.

Maggi, em resposta às acusações feita por José Riva, ex-deputado denunciado na Operação Imperador durante interrogatório nesta sexta-feira (31), afirmou que os repasses eram apenas em cumprimento a sua obrigação constitucional de garantir o duodécimo do Poder Legislativo.

“Tenho a consciência tranquila, nada fiz de errado e tenho certeza de que isso será devidamente comprovado”, pontou.

O ministro observa, na nota, que o orçamento do Estado do Mato Grosso é debatido e votado anualmente pela Assembleia Legislativa e que nele estão incluídas as previsões orçamentárias dos três poderes, que são independentes e fiscalizados pelo Tribunal de Contas do Estado.

Em seu depoimento, no entanto, José Riva afirmou categoricamente que os pagamentos de propina começaram na gestão Dante de Oliveira e que Blairo teria feito o compromisso de manter o repasse a todos os deputados para que a Assembleia ajudasse seu governo.

E Riva detalhou como ocorreram os pagamentos entre 2003 e 2004: "Nesse período [2003 a 2004] foram movimentados R$ 1,1 milhão. Em 2005 aumentou para R$ 3,4 milhões. Em 2006 foram R$ 6 milhões. Em 2007, quando era presidente o Sérgio Ricardo [atual conselheiro afastado do TCE], R$ 12 milhões. Em 2008, R$ 15 milhões".

Confira a íntegra da nota:

"Sobre o depoimento prestado na data de hoje (31/03) pelo ex-deputado José Riva à Justiça, esclareço que:

1. O próprio José Riva reconheceu que me recusei terminantemente, enquanto governador do Mato Grosso, a participar de qualquer esquema de distribuição de propina a deputados.

2. O orçamento do Estado do Mato Grosso é debatido e votado anualmente pela Assembleia Legislativa. Nele estão incluídas as previsões orçamentárias dos três poderes, que são independentes e fiscalizados pelo Tribunal de Contas do Estado.

3. O Poder Executivo, no caso o governador, não tem qualquer ingerência na execução orçamentária da Assembleia Legislativa.

4. Tenho a consciência tranquila, nada fiz de errado e tenho certeza de que isso será devidamente comprovado."

Blairo Maggi

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Sandra Carvalho

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