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O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quinta-feira (9) que a proposta de reforma tributária em gestação no governo deve prever um aumento da tributação da renda e ganhos de capital, e uma redução da tributação sobre o consumo.
De acordo com o ministro, o texto deve ser encaminhado ao Congresso até abril.
Na avaliação de Padilha, o sistema tributário brasileiro onera muito o consumo, o que, segundo ele, acaba fazendo com que os mais pobres paguem, proporcionalmente, mais impostos. O ministro classificou essa situação de “deformidade”.
“Nós tributamos muito o consumo e muito pouco a renda e os ganhos de capital. Nós temos que aprender a fazer como fazem os povos desenvolvidos: tributam mais a renda e os ganhos de capital e menos o consumo", disse Padilha durante evento em Brasília promovido pela Caixa Econômica Federal.
"Porque, o consumo, ele bate embaixo da pirâmide. Quem paga mais imposto no Brasil é o mais pobre. É uma deformidade que temos em nosso sistema e estamos trabalhando para ver o quanto nós vamos conseguir avançar na nossa reforma tributária já nesta direção, se possível”, declarou.
'Simplificação'
Ao final do evento em que estava, Padilha foi questionado sobre a proposta do governo a chamou de "simplificação tributária". Segundo o chefe da Casa Civil, o texto poderá ser enviado já em abril ao Congresso Nacional.
Ele acrescentou, porém, que o Planalto não quer "congestionar" a pauta do Legislativo, pois os parlamentares vão analisar, ao longo deste ano, as propostas de reforma da Previdência Social e trabalhista.
Na sequência, Padilha aproveitou para criticar o tamanho da máquina pública que, na avaliação dele, está "agigantada", se tornando uma "dificuldade" para o país.
"O principal responsável por nós termos tantas dificuldades hoje, por incrível que possa parecer, é a máquina do estado. O Estado ficou muito agigantado", disse.
Fonte: G1