Nacional

Congonhas não deve ser privatizado e será administrado por ‘Nova Infraero’

Único grande aeroporto brasileiro com crescimento do número de passageiros nos últimos anos, Congonhas terá aumento na capacidade de voos e não deverá ser privatizado. O secretário de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o governo vai manter o aeroporto paulistano dentro de uma “Nova Infraero” que teria capital aberto e também administrará Santos Dumont (no Rio), Curitiba e Manaus.

Enquanto prepara a nova empresa, o governo iniciou processo para elevar o número de operações em Congonhas em uma solução semelhante à usada em terminais antigos dos EUA.

Considerado a “joia da coroa” da aviação comercial no Brasil pela localização central, o aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, deverá ser o principal ativo de uma nova subsidiária de gestão de aeroportos em estudo no governo. Segundo o secretário de Aviação Civil, essa nova empresa ligada à atual Infraero ficaria responsável pela gestão dos aeroportos de Congonhas, Santos-Dumont, Curitiba e Manaus. A subsidiária seria aberta ao investimento privado, já que teria capital aberto.

“Não podemos abrir mão de gerir alguns terminais e não podemos deixar drenar essas receitas”, disse, ao rechaçar a hipótese de privatizar esses aeroportos. Localizados próximos ao centro das duas metrópoles brasileiras, os aeroportos centrais de São Paulo e Rio de Janeiro são considerados os mais rentáveis do sistema Infraero. Em Manaus, há atrativo pela grande movimentação de cargas. “Não trabalhamos com a possibilidade de concessão desses quatro aeroportos.”

Ampliação

 Diante desse plano, o governo estuda ampliar a capacidade de Congonhas. “Estamos concluindo o processo administrativo para que Congonhas receba a certificação de aeroportos antigos”, explicou o secretário de Aviação Civil. O governo já tem conversado com a Agência dos Estados Unidos de Comércio e Desenvolvimento (USTDA) sobre o tema e quer usar a mesma solução adotada nos aeroportos LaGuardia, de Nova York, e Ronald Reagan, em Washington.

Nos EUA, houve readequação dos parâmetros geométricos para aumentar o número máximo de pousos e decolagens dos dois aeroportos. Esses terminais têm características comparáveis com o aeroporto paulistano: abriram comercialmente na década de 1940, estão no meio da zona urbana e não são os maiores aeroportos da região metropolitana.

Mesmo com a ampliação, Dario Rais Lopes diz que “não há condições” para devolver a Congonhas a capacidade recorde, quando o aeroporto chegou a operar com até 52 e 54 movimentos por hora – os chamados “slots”. Para ele, o número deve subir para patamar entre 40 e 45 movimentos por hora. Hoje, é de 33 movimentos por hora.

Estadão

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus