A confiança dos comerciantes em relação ao mercado caiu 2,3% de dezembro a janeiro, interrompendo uma sequência de sete altas consecutivas. É o que aponta o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) divulgado nesta quarta-feira (25) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
De acordo com a CNC, na comparação anual, porém, o índice apresentou aumento de 18,4%. Esta é a sétima taxa positiva nesta base de comparação.
Segundo a economista da CNC Izis Ferreira, o resultado de janeiro em relação a dezembro mostra que os comerciantes estão cautelosos em relação à recuperação do mercado de trabalho e da atividade econômica no país.
Queda na confiança das condições atuais
A percepção dos comerciantes em relação às condições correntes também registrou aumento na comparação anual e queda na mensal. Em relação a janeiro do ano passado, o resultado aumentou 45,2%, a sexta variação positiva nos últimos 12 meses. Na comparação com dezembro, caiu 6%.
Para os varejistas, às condições atuais da economia piorou em janeiro. A queda do índice foi de 10,6%. Já em relação ao desempenho do comércio a queda foi de 5,1%, e ao da própria empresa a queda foi de 4%.
Ainda segundo a pesquisa da CNC, a proporção de comerciantes que avaliam as condições econômicas atuais como “piores” também aumentou, chegando a 81,4% dos varejistas.
Perspectivas melhores
Na comparação com janeiro do ano passado, o índice que mede as expectativas do empresário do comércio aumentou 18,3%. De acordo com a CNC, 75,5% dos comerciantes entrevistados em janeiro disseram acreditar que a economia vai melhorar nos próximos meses.
Em relação a dezembro, porém, houve queda de 1,4% desta expectativa. Segundo a CNC, este resultado na comparação mensal interrompeu o ciclo de crescimento das expectativas dos comerciantes observado durante todo o ano de 2016.
Na análise da CNC, as reformas e medidas de ajuste fiscal e econômico em andamento no Congresso propiciam um ambiente mais favorável aos investimentos e ao crescimento do comércio. Entretanto, o resultado negativo das expectativas em janeiro mostra que, no curto prazo, seguem ausentes fatores que indicam retomada da atividade do comércio.
Fonte: G1