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A empresa de transporte urbano por aplicativo Uber acertou pagar US$ 20 milhões para encerrar acusações do governo dos Estados Unidos de que exagerava ao prometer altos rendimentos aos motoristas e minimizava os custos com os veículos, segundo documentos judiciais divulgados nesta quinta-feira (18).
Em seu site, a companhia afirmava que alguns motoristas do Uber conseguiam ganhar por ano mais de US$ 90 mil em Nova York e US$ 74 mil em São Francisco quando os rendimentos reais eram, respectivamente, de US$ 61 mil e US$ 53 mil, afirmou a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês), em comunicado.
A FTC afirmou ainda que a Uber deu informações imprecisas aos motoristas sobre os custos de aluguel ou de possuir automóvel. "Este acordo vai colocar milhões de dólares de volta nos bolsos dos motoristas do Uber", disse Jessica Rich, diretora do Bureau de Proteção aos Consumidores da FTC.
No modelo de negócios do Uber, os usuários chamam carros pelo aplicativo e pagam à empresa pelas corridas. O motorista, considerado um fornecedor de serviços, é pago pelo Uber.
"Quando as promessas de rendimentos do Uber não se materializaram e motoristas tentaram cancelar seus contratos, eles incorreram em significativo prejuízo monetário", disse a FTC na queixa. "As práticas do Uber causaram aos motoristas milhões de dólares em prejuízo."
O Uber, que atua em 74 países, incluindo o Brasil, afirmou em comunicado que está satisfeito em ter alcançado um acordo com a FTC.
"Fizemos muitas melhorias para (…) o motorista ao longo do ano passado e vamos continuar buscando assegurar que o Uber seja a melhor opção para quem quer ganhar dinheiro em seu tempo", afirmou o Uber. O porta-voz do Uber, Matt Kallman, afirmou que a empresa tem mais de 600 mil motoristas nos EUA.
Fonte: G1