Economia

300 empresas são alvos da Sefaz por suspeita de fraudes em operações comerciais

Trezentas empresas são alvos da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) na Operação Máquinas Fantasmas. Os estabelecimentos são suspeitos de movimentar cartões de crédito e de débito em fraudes e de emitir documentos fiscais não autorizados.

Conforme a Sefaz, a lista de empresas vistoriadas contém aquelas denunciadas pelos consumidores pelo Nota MT. De acordo com a Superintendência de Fiscalização (Sufis), a Sefaz monitora as reclamações dos consumidores participantes do programa.

A Operação Máquinas Fantasmas visa também a identificação de outras fraudes como a utilização de equipamentos de pagamento eletrônico (máquinas de cartão) vinculados a outros CNPJs, o uso de mais de uma inscrição estadual para efetuar o faturamento e dados cadastrais e atividade comercial diferentes daqueles informados à Sefaz.

A ação, deflagrada nesta quarta-feira (4), conta com a participação de trinta fiscais de tributos e segue até sexta-feira (6). Ao todo, devem ser fiscalizadas 300 empresas de pequeno e médio porte em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Barra do Garças e Cáceres.

Para identificar se a empresa está regular, os fiscais vão verificar se há omissão de receita tributável. Para isso, é feito um cruzamento entre as informações das operações financeiras do estabelecimento, em especial as realizadas em máquinas de cartão de crédito e débito, e as informações prestadas ao Fisco, por meio dos documentos fiscais como a nota fiscal de consumidor eletrônica (NFCe) e a Escrituração Fiscal Digital (EFD).

As empresas que não possuírem emissor de nota fiscal eletrônica ou que ainda estiverem usando o cupom fiscal, serão notificadas e penalizadas pela irregularidade. Desde 2018 o Emissor de Cupom Fiscal (EFC) não é mais admitido nas operações comerciais de venda de mercadoria a consumidor final.

Durante a Operação, os fiscais de tributos vão buscar e identificar provas e documentos nos estabelecimentos investigados. Em posse das informações colhidas, a Sefaz iniciará o trabalho de auditoria interna. Dessa forma, todos os documentos coletados durante as vistorias serão tratados e cruzados com os dados eletrônicos disponíveis. 

Nas situações em que a fraude for confirmada, além dos lançamentos tributários, as empresas poderão ter a inscrição estadual suspensa até que regularizarem suas situações perante o Fisco. Aqueles contribuinte que se negarem a prestar qualquer tipo de informação serão autuados por embaraço fiscal e multados, conforme previsão legal.
 

Redação

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