O prazo para a assinatura encerrou no dia cinco de abril.
Conforme o MPF, o acordo previa que os frigoríficos se comprometeriam a deixar de abater e comercializar animais oriundos de áreas embargadas pelo Ibama por desmatamento ilegal, fazendas localizadas dentro de terras indígenas ou que constam da lista suja do trabalho escravo. Ao todo 26 frigoríficos serão penalizados.
Ação impetrada pelo MPF solicita a indenização por danos ambientais e a sociedade no valor de R$ 556.990 milhões e atinge o Estado de Mato Grosso, como também Amazonas e Rondônia e faz parte de uma ampla atuação pela regularização da cadeia produtiva da carne nos Estados da Amazônia brasileira.
De acordo com o cruzamento de dados das guias de transporte de animais, que trazem a informação do local de origem do animal e o destino, foi possível identificar o abate de 55.699 animais. Esses frigoríficos compraram animais de fazendas em situação irregular de desmatamento, sem licenciamento ambiental, constantes da lista suja do trabalho escravo e localizadas dentro de terra indígena.
Vale ressaltar que o histórico do diálogo entre o MPF com as indústrias beneficiadoras e exportadoras de carne bovina teve início no Estado do Pará, passando pelo Acre até chegar em Mato Grosso. Cerca de 100 frigoríficos assinaram o TAC e se comprometeram a seguir as novas diretrizes.
Confira os frigoríficos acionados pelo MPF
Guaporé Carnes S/A
Brasfri S/A
Carnes Boi Branco
Valegrande Industria Comércio de Alimentos S/A
Abatedouro 3 Irmãos Ltda
Agroindustrial Alimentos S/A
Alvorada Agroindustrial Industria Alimentos S/A
Bombonato Industria de Alimentos Ltda ME
BRF Brasil Foods S/A
Frigal Frigorífico Ltda
Frigorífico José Bonifácio Ltda
Frigorífico Nova Carne Ltda
Frigorífico RS Ldta EPP
Frigovale do Guaporé Comércio e Industria
Frig’West Frigorífico Ltda
Marceli Sampaio Correa ME
Navi Carnes Ind. E Comercio Ltda
Plena Alimentos Ltda
Rodrigo Silva Moares Cia Ltda
Sadia S/A
Superfrigo Ind e Comércio S/A
Fonte: Peixoto Online