Economia

13º injetará R$ 1,455 bilhão em MT

Foto: Ednei Rosa

O décimo terceiro salário já faz parte do planejamento financeiro dos trabalhadores brasileiros, que aguardam durante todo o ano para utilizar o montante para os mais variados fins. Seja no pagamento de dívidas ou custeio das festividades natalinas e do réveillon, os recursos são esperados com ansiedade não só pelas pessoas mas também pelo comércio, tendo em vista que o direito a esse salário extra pode injetar R$ 1,455 bilhão na economia em 2014 – e isso apenas em Mato Grosso.

Para o economista e membro do Conselho Regional de Economia (Corecon-MT) Edisantos Amorim, a maior parte desses recursos deve ser usada pelas pessoas para quitar as dívidas – ou ao menos abater boa parte delas. Ele afirmou também que além do pagamento dos compromissos assumidos pelos brasileiros, as festas de fim de ano devem entrar no rol da utilização dos recursos. No entanto, ele faz uma ressalva: o trabalhador deve fazer um planejamento dos gastos típicos de início de ano, como impostos e material escolar.

“O décimo terceiro deve ser usado para pagar dívidas. Porém, o correto é utilizar entre 40% e 50% do recurso para esse fim. Com 25% você paga as despesas de fim de ano, como o Natal e réveillon e os outros 25% devem ser poupados para cobrir os restos a pagar do ano anterior, além de material escolar e impostos”, diz.

Dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), órgão criado pelo movimento sindical brasileiro na década de 1950, afirmam que em 2014 mais de R$ 158 bilhões entrarão na economia brasileira por meio do décimo terceiro salário, indicando um aumento de 9,5% em relação a 2013, cujo valor foi da ordem de R$ 143 bilhões. A cifra corresponde aos recursos recebidos apenas pelos trabalhadores formais.

Se os valores do décimo terceiro cresceram em nível nacional na comparação com o ano anterior, Mato Grosso passa por situação inversa: em 2013, R$ 1,86 bilhão foi a cifra que o salário extra colocou em circulação no Estado.  Entretanto, 2014 promete ser um ano mais modesto para aqueles que esperam pelo dinheiro, uma vez que R$ 1,455 bilhão devem entrar na economia – uma queda de 21,8%.

Amorim afirma ainda que um pequeno percentual de trabalhadores, entre 5% e 10%, não têm dívidas e que essa faixa de pessoas usa o décimo terceiro em aplicações financeiras, como a poupança por exemplo, ou na realização de sonhos e aquisição de bens, como automóveis, casas e viagens. Independente do uso, o economista fala da importância do planejamento.

“A palavra-chave é planejar, saber como e onde seu dinheiro será gasto. É importante reservar parte do décimo terceiro para o primeiro trimestre de 2015, pois esse dinheiro a mais possibilita um início de ano equilibrado em relação às finanças”, afirma ele.

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Diego Fredericci

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