Nacional

10 valores que as crianças levam para toda a vida

Falar sobre valores éticos e morais com uma criança parece tarefa complicada. Afinal, de que maneira ela conseguiria compreender que corrupção, desonestidade, egoísmo e ganância são atitudes que podem prejudicar as pessoas ao redor – e por isso devem ser evitadas? Esse tipo de ensinamento se dá melhor por meio do exemplo e das atitudes corriqueiras e cotidianas dos pais, sem a necessidade de "discutir a relação" para determinar o que é certo e errado.

Nesse sábado (21), data em que é comemorado o Dia Mundial da Infância, vale refletir sobre os valores que influenciam a formação dos pequenos e que também impactam a fase adulta. São eles, além de outros fatores, que determinam uma infância plena, segura e feliz. A data, instituída pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e Juventude, tem como objetivo celebrar e garantir direitos fundamentais das crianças, para que elas se realizem como pessoas e cidadãs no convívio social.

“O valor primordial que deve ser ensinado às crianças tem origem no amor, porque ele consegue abraçar tudo. Dele, surge a aceitação, o comprometimento com o outro, a entrega e a confiança. Quando não temos valores fundamentados nesse sentimento,  nos distanciamos do centro de amor. O resultado é que passamos a vida inteira buscando conforto em terapia, meditação ou religião, para tentar estabelecer essa conexão com algo mais profundo”, pontua Daniella Freixo, psicóloga infantil e autora do livro “Conversa com criança: presença-caminho”.

Generosidade, solidariedade, compaixão e paciência também entram na lista nessa lista de valores que influenciam a vida como um todo. Esse último, aliás, é um ponto que merece atenção. Para a psicóloga Ana Cristina Fraia, da Clínica Maia, é cada vez mais comum vermos crianças e adolescentes impacientes e imediatistas.

“Vivemos em um mundo onde tudo acontece muito rápido. O problema é que essa pressa acaba tirando o foco de outras coisas importantes, como saber aproveitar um momento de contato com outra pessoa. Isso é outra coisa que está se perdendo, e que precisa ser valorizada e estimulada pelos pais dentro de casa. O simples hábito de sentar no chão e brincar com os filhos já ajuda, nesse sentido”, pontua.

Dentro de casa

A maior responsabilidade, portanto, está nas mãos dos pais – e assim que o bebê nasce. As crianças, mesmo as recém-nascidas, conseguem absorver tudo o que está ao redor. Então, um simples conflito entre os adultos ou o hábito de desrespeitar um ao outro pode ser compreendido como uma tensão. Em longo prazo, a criança compreende essa postura mais agressiva como algo natural, e tende a reproduzi-la no convívio com outras crianças.

“Costumo dizer que a criança é como um CD virgem, que grava tudo o que vivencia e experimenta na vida. Assim, se os pais têm uma postura respeitosa, por exemplo, os filhos aprendem desde cedo a se respeitar e a respeitar o próximo. A tendência é que eles cresçam mais estáveis e seguros com os valores. Ensinar o que é certo e errado dentro da cultura em que vivemos serve como orientação para a vida toda”, reforça a psicóloga Luciana Kotaka.

Por isso, o nascimento dos filhos deve representar um verdadeiro marco na vida dos pais, já que eles serão o verdadeiro espelho das crianças. Nesse momento, é mais do que necessário repensar valores, ideais e estilo de vida que são estimulados entre o casal.

“Que tipo de pessoa você está trazendo para o mundo? É um questionamento que deve ser feito, pois é sua responsabilidade. Muitos pais acham que não, que a vida por si só educa, bem como a escola. Mas os adultos são os maiores exemplos, na verdade. Se não mudarmos a nós mesmos, estamos fadados a criar uma geração desonesta, sem respeito pelo outro e por si mesmo”, atenta Ana Cristina.

Fonte: iG

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus