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Zema diz que Eduardo Bolsonaro é ‘bem-intencionado’, mas critica ‘interesse particular’

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é “bem-intencionado” e disse apoiar uma anistia caso o parlamentar seja condenado por ameaça à soberania nacional.

Zema, porém, criticou a atuação de Eduardo pelo tarifaço de 50% a produtos brasileiros nos Estados Unidos e disse que não se deve colocar interesses particulares acima dos nacionais. A declaração foi dada nesta quinta-feira, 31, em entrevista ao jornal O Globo.

“Acho que ele (Eduardo Bolsonaro) até tem sido bem-intencionado na questão, mas agora nós não podemos colocar os interesses do Brasil abaixo de um interesse particular de quem quer que seja”, declarou.

Eduardo, que se autoexilou nos EUA, tem pedido por sanções contra o Brasil e contra autoridades nacionais para favorecer o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na ação penal por golpe de Estado.

Para o governador, a situação de Eduardo se assemelha a dos envolvidos no 8 de Janeiro e endossa o pedido de anistia.

“Eu sou da posição de que nós temos de olhar para o futuro, e não ficar remoendo feridas do passado. Quem começa a carregar sentimentos de culpa, de ressentimento, para de andar para frente”, disse. “Eu sou favorável, sim, está dentro do mesmo contexto, do 8 de Janeiro e de outras questões que vêm sendo discutidas.”

Na semana passada, em entrevista ao Estadão/Broadcast, o governador mineiro afirmou que Eduardo “causou um problema para a direita” ao articular as tarifas contra o Brasil. Após a declaração, o filho do ex-presidente se defendeu afirmando que Zema representa a “turminha da elite financeira”.

“Enquanto são pessoas simples e comuns as vítimas da tirania (se referindo aos condenados pelo 8 de Janeiro), não há problema, mas mexeu na sua turminha da elite financeira, daí temos o apocalipse para resolver”, respondeu Eduardo ao mineiro.

Tanto Zema quanto Eduardo são apontados como possíveis sucessores de Jair Bolsonaro na disputa presidencial de 2026, uma vez que o ex-presidente está inelegível até 2030, condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Estadão Conteudo

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