Política

Wilson Santos nega tentativa de chantagem a Selma Arruda sobre caixa 2

O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) negou que tenha negociado com ex-marqueteiros da senadora Selma Arruda (PSL) acordo para chantageá-la sobre a informação de suposto caixa 2 de campanha eleitoral.  Hoje (13), ele prestou de depoimento à Polícia Federal após ser arrolado pela senadora no caso em que é investigada por gastos ilícitos na campanha de 2018.

“Eu votei na senadora eleita. Eu trabalhei por ela. Usei o nome dela em todos os meus materiais (de campanha) até a reta final. Foi uma surpresa essa posição dela. Ela deve estar usando essa argumentação na sua defesa, mas não vai encontrar guarida, porque não fui porta-voz do empresário Brasa. Eu não tenho nada a ver com isso”.

Na apresentação de novos documentos à Justiça Eleitoral, a senadora afirma que Wilson Santos teria intermediado uma negociação entre o empresário Junior Brasa e o assessor Kleber Lima, no ano passado, para a ação que deu início ao processo contra ela não fosse ajuizado. Uma quantia de R$ 600 mil teria sido oferecida pela desistência do empresário.

O suposto encontro teria acontecido pouco tempo depois de Junior Brasa, dono da Agência Genius, sair da campanha de Selma Arruda no período eleitoral do ano passado. A função do marketing foi assumida pelo assessor Kleber Lima.

A informação que Wilson Santos teria tentado negociar foi a de gastos, antes do início oficial da campanha, no valor de R$ 1,2 milhão, supostamente feito por Selma Arruda já com serviços ligados à campanha que a elegeu ao Senado. Hoje, o parlamentar afirmou que é amigo de longe tempo do empresário, e foi seu professor na década de 1980, mas negou tentativa de deter informação para chantageá-la.

“Não tenho a menor noção de onde ela tirou [a informação sobre chantagem], se foi estimulada por algum advogado. O Brasa e o Kleber Lima são meus amigos, mas daí fazer proposta e tentar extorquir alguém… Nunca recebemos do empresário Junior Brasa nenhuma proposta”.

Poucos dias antes do fim do período eleitoral, em outubro passado, o empresário Junior Brasa deu início a um processo de cobrança de Selma Arruda por serviços prestados e não pagos. A ação levou à investigação que tem pesado contra Selma Arruda, com pareceres de órgãos fiscalizadores contrários à campanha e nomeação dela ao Senado.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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