Antigos rivais políticos, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) e o governador Mauro Mendes (DEM) oficializaram o acordo e o tucano, agora, passa a integrar a base governista na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O anúncio foi feito na noite desta segunda-feira (10), no Palácio Paiaguás, em Cuiabá-MT.
Segundo o chefe do executivo estadual, a experiência do parlamentar e a intenção de olhar para os interesses maiores do Estado trouxeram o deputado para o bloco do governo na Casa de Leis.
“Ele trouxe uma pauta importante de reivindicações, e todos os pontos foram discutidos com uma probabilidade de o governo trabalhar e implementar nos próximos meses e anos. São áreas de interesse da população, de certas regiões, certas cidades. Entendemos que estas defesas são republicanas, e fazem parte do dia a dia do trabalho da representatividade parlamentar”.
Para o governador, a união representa o momento de olhar para o presente e para o futuro de Mato Grosso. A relação entre o tucano e o democrata ficou estremecida após os pleitos eleitorais de 2008, quando Wilson se reelegeu prefeito de Cuiabá vencendo Mauro. Ambos também disputaram o Governo do Estado, dois anos depois.
Para o parlamentar, a sua experiência de mais de 30 anos na política, ocupando cargos públicos, pode ajudar Mauro a aprimorar as propostas do governo que são enviadas para discussão na ALMT.
“Aceitei o convite do governador Mauro Mendes, venho votando com o governo desde a posse. Desde o início, o governo enviou um pacote de projetos de Lei, e eu votei a favor da maioria deles. Votei a favor da reforma administrativa, que enxugou o número de secretarias, da Lei de Responsabilidade Fiscal estadual", pontua.
Ele afirma que também há uma convergência de ideais, e elogia o perfil reformista do governador, que segundo o parlamentar, quer um governo menor, uma máquina menor, com menos gastos ‘para dentro’ e mais investimentos para a sociedade.
“Não é possível que o estado continue gastando quase 98% com apenas quatro itens: folha salarial, encargos sociais, dívida com a União, e com o custeio da máquina”, defende.