Foto: Ahmad Jarrah/CMT
O deputado Wilson Santos (PSDB) apresentou nesta terça-feira (2) um requerimento solicitando nova licença parlamentar para retornar a Secretaria de Estado de Cidades (Secid).
A volta do tucano foi anunciada pelo Circuito Mato Grosso na manhã desta terça-feira. O requerimento apresentado durante a sessão vespertina da Assembleia ainda não foi votada, por falta de quórum.
A expectativa do parlamentar é retornar ainda esta semana para a Secid. Com o afastamento, o deputado Jajah Neves (PSDB) volta para o Legislativo.
Ao apresentar o requerimento, Wilson destacou que sua volta à Assembleia foi exclusivamente para acelerar a votação do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa.
“Vim com único objetivo de votar este relatório para dar continuidade ao projeto de retomada das obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)”, disse.
Volta questionada
A volta de Wilson para a Assembleia Legislativa causou discórdia entre alguns parlamentares, como o presidente da CPI das Obras da Copa, Oscar Bezerra (PSB).
De acordo com Oscar, a volta do tucano só serviu apenas para atrapalhar “o bom relacionamento” e a “boa condução” das votações na Casa de Leis.
Ao apontar eventual fragilidade nos trabalhos realizados pela CPI e defender a derrubada de uma emenda ao relatório – que reforçava a orientação pela suspensão do contrato com o consórcio responsável pela realização das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) – o tucano foi acusado por Oscar de agir com "conveniência".
“Eu acredito que a volta do Wilson só fez atrapalhar o bom relacionamento, a boa condução de tudo. De qualquer forma, o relatório seria aprovado e não iria mudar nada como foi proposto, mesmo que tivesse a emenda”, disse.
Oscar declarou que a volta de Wilson desagrega e que traz uma conotação de desrespeito, principalmente com o líder do Governo no Legislativo, o deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), que, segundo o parlamentar, foi taxado de “incompetente”.
Na sessão em que foi votado o relatório da CPI da Copa, na última quarta-feira (24), Santos defendeu com unhas e dentes o atual governo, se destacando de Dilmar. O tucano deu os encaminhamentos, orientando a base aliada a votar pela rejeição de uma emenda e pela aprovação do relatório.
“Precisou o Wilson Santos vir aqui para resolver uma questão. Questão essa que não precisava ninguém, pois já ia resolver. Então, é um jogo que não funciona, desagrega”, argumentou.
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