Durante uma audiência pública sobre o projeto de Lei do Pantanal (PL 750/2011) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o senador Wellington Fagundes (PR) culpou Mauro Mendes (DEM) e sua gestão na prefeitura pela poluição do rio Cuiabá.
Ao discursar sobre os problemas do Pantanal, Fagundes disparou. "Os grande parte dos problemas do Pantanal não nascem no Pantanal e sim fora. Como o esgoto e a destruição das nascentes dos rios", afirmou.
Foi quando o senador decidiu alfinetar o desafeto político. "Eu quero fazer uma denúnica sobre a Estação Elevatória do Mané Pinto e da Prainha, que custou R$ 8 milhões e foi fruto de um grande esforço político. Só essa obra tiraria 30% da contaminação do rio Cuiabá. A obra funcionou durante a gestão do prefeito Roberto França e daí a prefeitura decidiu desativar para economizar energia", afirmou Fagundes enquanto a plateia gritava o nome do ex-prefeito Mauro Mendes no plenário da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, onde a Audiência Publica ocorria.
A estação recolhia o esgoto dos córregos do Mané Pinto e Engole Cobra, que são coletados e enviados pelo emissário Mané Pinto até a Elevatória de Esgoto da Prainha. Hoje, todos esses dejetos são lançados diretamente no rio Cuiabá, em um dos pontos de maior poluição da parte central desse curso de água, também responsável por abastecer toda a população de Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo a Companhia Águas Cuiabá, responsável atualmente pela captação de água e o saneamento na capital, a Estação Elevatória da Prainha foi realmente desativada em julho de 2013. A Estação será reativada, conforme prevê Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a concessionária de saneamento, a Prefeitura de Cuiabá e o Ministério Público Estadual (MPE).
A medida, prevista para estar concluída em 2019, integra o conjunto de ações e investimentos a serem realizados pela nova companhia de saneamento da Capital, que contempla obras de melhorias tanto no Sistema Dom Aquino quanto no Sistema Tijucal.
O ex-prefeito Mauro Mendes rebateu acusações de Wellington Fagundes. "Durante todo o tempo que fui prefeito, a água e esgoto foi de responsabilidade da CAB, sistema privado. Isso é uma grande invenção. Nunca determinei isto", afirmou ao Circuito Mato Grosso.