O ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB) disse que não é responsável pelo vencimento da data de validade de 400 mil medicamentos no município. Conforme informou o gestor cassado pela justiça, 95% desses remédios não foram adquiridos em seu governo. As declarações foram feitas na manhã desta terça-feira (21), em um hotel próximo do aeroporto da cidade.
Walace se disse injustiçado pelas acusações do ex-senador Jaime Campos (DEM) que teria acusado o ex-prefeito de participar de uma organização criminosa com o intuito de lesar os cofres públicos. “O que Jaime quer é 'lamear' o meu nome, lamear o nome dos profissionais que trabalharam comigo. Além de me tirarem abruptamente não param de me imputar crimes que não cometi”, disse o médico.
Em sua defesa Guimarães falou que ao contrário do que foi noticiado e informado pela prefeitura, apenas 33 mil unidades de medicamentos devem vencer até o fim deste ano. “Isso porque os gestores públicos não podem adquirir remédios com prazo de validade inferior a 18 meses. Isso não é legal, não é licito. Se alguns remédios venceram na minha gestão isso se deve entre outras coisas a deficiência do controle de estoque, que estávamos licitando para conseguir adequar”, explicou o peemedebista.
Outra explicação para o fato do vencimento dos medicamentos é que a prefeitura precisa comprar mais de dois mil tipos de remédios, desses algumas unidades vencem – contudo na somatória de todos os números excedem a casa das centenas. “Eles estão atrasando as obras que eu ia inaugurar, para dizer que são suas, mais isso não é verdade. Aquelas 8 escolas que eles vão começar a reforma, foi no meu governo que foram licitadas. A reforma do Pronto Socorro fomos nós que iniciamos”, comentou.
O ex-prefeito ressaltou que os remédios vencidos em 2012 já foram encaminhados para o centro de zoonoses para incineração, enquanto os de 2013 e 2014 estavam em processo de investigação. "Há muita falácia e denuncismos, as vezes tem que explicar para a sociedade o que é vencer um medicamento. Não sou eu que preciso devolver dinheiro público da saúde aos cofres público, como o Jaime Campos”, atacou.