O presidente afastado da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM) disse que as eleições 2020 estarão em seu leque de ponderações durante aos quatro meses em que ficará longe das atividades da Casa. Ele afirmou que os assuntos mais urgentes para tratar estão relacionados a questões familiares e financeiras, que não estariam recebem atenção devida por causa da ocupação no cargo da presidência.
“Tivemos importantes para Mato Grosso que consumiu inteiro o mês de janeiro da Assembleia, aí veio a eleição da Mesa. Nós passamos por esse período todo em folga nenhuma, e eu também estou exausto e preciso resolver problemas particulares, de casa, financeiro, saúde. Vou juntar tudo nesse período e resolver essas questões”, disse.
Logo em seguida, ele emendou que, apesar de não ter foco nas eleições municipais do próximo ano, a possibilidade de ser candidato deve em parte ocupar sua atenção. “Não estou focado nas próximas eleições, em ser candidato. [Mas] evidentemente que vou fazer algumas reflexões, algumas leituras, ficar um pouco parado. Eleição depende muitos cenários, de partido, de conjuntura muito grande”.
O afastamento de Botelho foi anunciado em sessão plenária na manhã desta quarta-feira (17). O tempo estipulado é de 120 dias, mas que poderá ser reduzido a depender a decisão do deputado. A função será exercida neste período pela vice-presidente Janaína Riva (MDB).
O nome de Eduardo Botelho para candidatura a prefeito vem sendo articulado entre o DEM e o MDB, tendo como foco as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande. No primeiro quadro, o nome do democrata já seria consenso entre o governador Mauro Mendes (DEM) e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). A disputa em Várzea Grande é defendida principalmente por Jayme e Júlio Campos, para sucessão a Lucimar Campos (DEM).
Na semana passada, Botelho admitiu que vem sendo cogitado o lançamento de sua candidatura e afirmou que irá se apresentar caso seu partido decida pela representação. Contudo, disse que o assunto está longe de ser definido, ponto que foi repetido hoje.
“Penso que só devemos pensar nas eleições municipais a partir de março [de 2020]. Até lá tem muito tempo. Ainda está muito cedo para discutir esse assunto”.