Com a chegada do início do ano letivo nas instituições de ensino das redes pública e privada de todo o estado, o movimento de pais e responsáveis em busca de materiais escolares para os filhos se intensifica nas papelarias, lojas e supermercados. A poucas semanas do começo das aulas, boa parte dos clientes quer evitar a correria e as longas filas das compras de última hora, além de pesquisar e comparar preços para economizar tempo e dinheiro.
Neste período, é normal encontrar vários perfis de clientes com estratégias diversificadas para poupar dinheiro. “Debutando” nas compras de materiais escolares, a médica Stefane Cajango optou por levar todos os itens da lista do filho, de apenas 2 anos, em um só local para conseguir um bom preço. “Como não tenho parâmetro de comparação com anos anteriores, acabei escolhendo (a papelaria) por indicação de amigos e familiares”.
Já no caso da servidora pública Luiza Fernandes, a cotação de preços é uma etapa essencial. Mãe de três jovens – com idades entre 10 e 17 anos -, ela adiantou o processo fazendo compras de alguns itens da lista no e-commerce e ressalta que a pesquisa de valores pode aliviar o peso para o bolso.
“Principalmente as mochilas, que estavam bem mais em conta na internet. Para se ter uma ideia, a diferença de valores entre as lojas físicas e virtuais chegou a ser de 50%. Quando se tem mais de um filho, essa pesquisa se torna quase obrigatória”, frisa Luiza.
Setor busca recuperar prejuízos
O segmento de papelaria foi um dos mais impactados com a explosão da pandemia do novo coronavírus. Com a suspensão das aulas presenciais, as atividades escolares passaram a ser realizadas de forma remota, diminuindo a demanda por novos materiais e causando graves consequências para o caixa dos estabelecimentos.
Conforme o empresário Jairo Rodrigues, proprietário da Papelaria Coxipó, a busca por materiais em 2023 quase dobrou em relação ao ano passado. Ele destaca que, além da expressiva queda nas vendas durante os anos de 2020 e 2021, as papelarias passaram a ter dificuldades para comercializar produtos adquiridos nos anos anteriores.
“Isso porque as tendências variam muito de um ano para o outro porque as crianças sempre vão querer materiais com os personagens da moda. O jeito para amenizar os prejuízos foi oferecer promoções para aumentar as vendas desses itens que ficaram represados”, finaliza.