De acordo com Paul Stoltz, a forma como aprendemos a reagir a um evento ocorre em grande parte imitando quem nos criou. Existe um estudo que diz que quando acontece um evento a criança não reage imediatamente, ela primeiro observa a reação dos pais, então, a minha resiliência como pai afeta a resiliência do meu filho. Aconteceu algo. Deixa eu ver se o papai e a mamãe estão chorando; se estão, eu vou chorar também, senão está ok. Isso também se aplica aos gestores; aconteceu algo inesperado, os liderados vão até ele: se ele está bem, ufa, então está tudo bem; se ele está no chão, cai todo mundo também.
Paul Stoltz descobriu que 75% dos grandes líderes vieram de famílias desestruturadas, abusivas, violentas, sem dinheiro, sem estrutura emocional. Por quê? Porque eles aprenderam a lidar com as adversidades, eles encararam os problemas. Nós escolhemos carreiras e locais para trabalhar baseados na resiliência, sabemos até que ponto conseguimos lidar com certas adversidades, ou seja, a nossa capacidade de gerenciar e resolver conflitos. Existem pessoas com diploma universitário trabalhando com pessoas que têm apenas o 2º grau; na hora da adversidade ela trava e a outra acessa a capacidade máxima dela e entrega, ou seja, potencial não ganha o jogo, ganha o jogo quem entrega.
De acordo com Paul Stoltz, temos três tipos de pessoas: Desistente – aquele que desiste, termina o casamento, fecha a empresa. Os desistentes são bons, eles têm argumentos maravilhosos. Ser desistente é mais fácil, é só sentar e não fazer nada; Campista – faz apenas o suficiente, o básico, vive na zona de conforto, trabalha até às 17h; 80% dos profissionais são campistas em dias comuns, mas na crise eles se tornam desistentes; Alpinista – aquele que acredita que tem solução, vai e resolve. Como a nossa resiliência oscila, a tarefa é perceber onde sou desistente, campista ou alpinista; posso ser um avião na empresa e um desastre em casa.
