Cidades

Vizinhos da Ilha da Banana reclamam e cobram soluções; vídeo

Os moradores de frente a ‘Ilha da Banana’ são obrigados a conviver com dependentes químicos e relatam medo de serem roubados e reclamam da sujeira do local. Dona Benedita Auxiliadora de Abreu, 77 anos, mais conhecida como Dona Preta Betinha é dona de casa e ‘especialista em comidas típicas’. Ela afirma ‘nasci, me criei, casei, pari e vou morrer aqui nessa casa’ e que nunca viu tanta ‘anarquia’ num só lugar.

Ela conta ainda que o trabalho do ex-governador Pedro Pedrossian (1966-1971), que teria construído o calçamento ao lado da Igreja São Benedito, está sendo desvalorizado. “Quando ele foi governador ele veio aqui e falou: ‘Vou fazer deste lugar um cartão postal’ e fez tudo isso aqui. Hoje estamos nessa lamúria, nessa tristeza. Quando eu morava no meio dessa raparigada nunca vi uma anarquia, mas hoje é roubo, sujeira. Onde está esse governo?”, pergunta dona Preta Betinha. 

Comerciante dono de uma mercearia na ‘Ilha da Banana’, o senhor José Carlos, 70 anos, conta que nem sempre foi bagunçado aquele local. Ele é dono da propriedade de 570 m² de área construída, está no local por que uma medida judicial garantiu o direito dele ficar, pois não tinha recebido o valor da indenização. Ele teve que colocar uma grade na porta do comércio para evitar problemas e reclama do valor ‘irrisório’ em que o terreno foi avaliado, R$ 300 mil.

“Agressivo eles não são, mas o problema é que é só o cliente encostar que eles chegam pedindo alguma coisa, o cliente evita de vir até aqui. Aqui do lado era uma galeria que tinha 42 escritórios, funcionava belezinha, mas com a ameaça de desapropriação, cada um procurou outro lugar para se mudar e deu no que deu. Começaram a demolir e não pagaram ninguém”, reclama José Carlos. 

Cuiabano de ‘chapa e cruz’, o desenhista aposentado Alfredo Carlos, 70 anos, lembra que no local funcionava ‘o único hotel bom que tinha em Cuiabá’, o Hotel Bahia e que a situação começou a se agravar a partir dos anos ’90, 95’, porém veio ficar pior quando começaram as obras do Veículo Leve Sob Trilhos (VLT).

“O governador desapropriou o negocio aqui e largou tudo aberto, jogado, aí só ficou os caras que usam drogas. Aqui é perigoso. Devia internar essas pessoas, pegar uma casa e colocar elas, por que eles melhoram. Mas se não fizer nada, isso vai continuar. Descer de noite aqui é muito perigoso. Se você passar de noite aqui fica até sem calça, a turma rouba tudo. Acho que esse VLT não vai sair nunca. Por que nós temos só governadores que não sem interessam pelos problemas de Mato Grosso, principalmente em Cuiabá. A gente só vê promessa e nada de cumprir. Esse VLT é uma vergonha, já era para ter feito esse negócio aqui, para trazer melhoria pra nós”, reclama Alfredo Carlos. 

Felipe Leonel

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