Visita de São Benedito
Quando falamos na esmola de São Benedito para pessoas que não conhecem as nossas tradições seculares, na visita do santo festeiro da Cidade Verde, elas se espantam em cheio e nem sabem o que significa Cidade Verde, tratamento carinhoso que Dom Aquino Corrêa dava para a sua terra natal. Em pleno vapor do dia 4, numa tarde de meia estação, gente de fé levava as insígnias de São Benedito nas ruas: Voluntários da Pátria, Barão de Melgaço, na lembrada Residência dos Governadores, na Av. Getúlio Vargas, onde pudemos constatar as emoções, a fé de uns e já, de outros, uma tremenda falta de educação, de não respeitar a tradição de um povo, principalmente em uma cidade que os acolheu. Mas a nossa missão é levar a palavra de Deus, que fomos escolhidos com esse dom da sabedoria do Espírito Santo, para falar a importância do Frei Benedito na vida do povo cuiabano. Aplausos ao Banco da Amazônia e à Caixa Econômica que com seu calor humano e de fé permitiram a entrada das insígnias de São Benedito nestes recintos financeiros. A nossa missão é dar continuidade a uma das belas manifestações religiosas da eterna capital de Mato Grosso.
Cara de Cuiabá
Se fizermos uma pesquisa do perfil de pessoas que identificam a nossa querida Cuiabá, não será fácil, pois cada um carrega no seu peito o heroísmo de ser um verdadeiro bom cuiabano. E isso vem do ouro, dos índios, do Eldorado que ainda se procura até hoje, sobre esse tripé em que nasceu e vive Cuiabá, desde 1719. E são passados 299 anos. E assim fazemos de Cuiabá uma nova história de pessoas que têm o seu perfil, o que toca a alma cuiabana em diversos aspectos de um cuiabano de fibra e de pulso firme. Assim, nos deparamos com a cara de Cuiabá em Roberto França Auad, Leila Ayoub Malouf, Otaviano Affi Costa, Prof. Fernando Tadeu, Lúcia Palma, Wanda Marchetti, Prof. Benedito Pedro Dorileo, Nilza Pinto de Queiroz, Gilberto Nasser, Neide Calmon Tenuta, Leopoldo Nigro, Jean Biancardini, Nilson Arruda (Baico), dentre outros nomes fantásticos que fazem parte dessa gente hospitaleira.
Sabor e tradição
No lembrado bairro da Boa Morte, no centro urbano de Cuiabá, residência da família Bastos Jorge Vieira, apenas se reprisava um velho hábito de família. A figura simpática de Chico Jorge, cujo nome verdadeiro era Arthur Jorge, mas a cidade inteira só o chamava mesmo pelo apelido de Chico Jorge, que reinou por longos anos no mundo do comércio e nos domínios da culinária, dom que transmitiu aos descendentes com o maior carinho. A herdeira do sabor e tradição, a cuiabaníssima Teresinha de Jesus Bastos Jorge Vieira sempre foi considerada a cinco estrelas em matéria de banqueteira famosa que pilotava as melhores festas da Grande Cuiabá. Durante o governo Júlio Muller, num tempo considerado os Anos Dourados de Cuiabá, sua mãe, dona Maria Bastos Jorge, era a primeira dona que confeccionava os cardápios para as festas denominadas “Garden Park”, nas quais Maria de Arruda Muller recebia a mais fina sociedade local no jardim da Residência dos Governadores. Só sei dizer que a família Bastos Jorge sempre foi referência das tradições e sabores nos melhores eventos vividos em Cuiabá.