A Virada Cultural de São Paulo deste ano será nos dias 20 e 21 de maio, segundo a Secretaria Municipal de Cultura. Esta é a 13ª edição da Virada Cultural, que reúne espetáculos de música, teatro, poesia, arte e gastronomia.
As propostas artísticas para esta edição serão recebidas a partir desta terça-feira (10) até o dia 10 de fevereiro. Para enviar projetos, os artistas devem acessar o site oficial do evento.
A maior parte (70%) da programação deverá ser constituída a partir das propostas encaminhadas por meio deste chamamento público. O restante da programação será formado pelos corpos artísticos municipais, como o Balé da Cidade de São Paulo e a Orquestra Sinfônica Municipal; e também estaduais, como a São Paulo Companhia de Dança, além de propostas apresentadas pelos curadores.
Serão analisadas propostas de todas as áreas de cultura: “dança, circo, cinema, teatro, artes visuais, gastronomia, espetáculo infantil, cultura popular, artistas de rua etc., direcionadas para públicos de todas as idades”.
Em 2016, a Virada Cultural recebeu artistas como Ney Matogrosso, Alcione, Criolo, Elza Soares, Clarice Falcão, Elba Ramalho, Maria Rita, Erasmo Carlos e MC Bin Laden.
Interlagos
Em dezembro, o então prefeito eleito João Doria anunciou mudança da Virada Cultural para o bairro de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. "Vamos deslocar a Virada Cultural para um único local e não vai ser no Centro da cidade. Vamos fazer a Virada Cultural acontecer em Interlagos, 24 horas, com segurança, com transporte, com conforto e sem os transtornos que, infelizmente, pela dimensão que ela assumiu ela proporciona. Ela vai manter tudo de bom que ela sempre teve, sem os aspectos ruins em Interlagos", disse na época.
Três dias depois do anúncio de Doria, o agora secretário de Cultura de São Paulo, André Sturm, afirmou que eliminaria do Centro da capital paulista os grandes shows da Virada Cultural e que eles seriam transferidos para outro local -provavelmente o Autódromo de Interlagos. Segundo ele, a região central, no entanto, continuará fazendo parte do evento, só que com atrações de menor apelo do público.
De acordo com Sturm, os grandes shows "acabam desvirtuando o espírito principal da Virada que é oferecer uma diversão e a oportunidade de circular pelo Centro". Segundo ele, a ideia da mudança é que as pessoas possam conhecer melhor a região central e retornar aos locais explorados durante o evento outras vezes no restante do ano.
"Pode ser que tenha pessoas que não vão gostar da maneira que pretendemos fazer, mas acho que outras vão gostar", afirmou Sturm, citando, como exemplo, amigos pessoais que evitam ir à Virada Cultural porque é "cheio demais".
"Não quer dizer que queremos uma virada vazia. Óbvio que não. Não vamos gastar uma enorme energia para fazer um evento ruim. Queremos fazer um evento melhor", completou. Para Sturm, "a ideia de passar a noite aproveitando os equipamentos da cidade" é o que vai motivar as pessoas a irem ao Centro durante a Virada mesmo sem a realização de um grande show na região.
Fonte: G1