As imagens foram feitas por volta de 12h. O registro acontece com o homem já caído no chão, sobre uma poça de sangue. Outras pessoas presentes no pronto-socorro ficam em volta a ele e gritam por ajuda. Quase um minuto após o início do registro, duas enfermeiras que passavam pelo corredor tentam erguê-lo pelos braços e o arrastam.Responsável pelo vídeo, Daniela diz ter ficado "horrorizada" com a situação.Eu me levantei com a minha irmã e comecei a gravar. Todo mundo começou a gritar pedindo ajuda. Demorou um pouquinho, e apareceram algumas enfermeiras arrastando dele. Um rapaz viu, pegou pela perna dele e ajudou a levar para dentro, sem precisar arrastá-lo.
A mulher tinha ido à unidade de saúde para acompanhar a irmã caçula, que estava com dores na barriga. Daniela diz que chegou a pedir ajuda ao plantonista que atendeu a parente e que o profissional se negou a prestar socorro.O médico estava atendendo uma senhora que tinha acabado de chegar, e ele falou que não ia se levantar para atender esse moço que caiu. A filha da senhora pediu que ele atendesse o homem e ele falou: ‘ah, eu não posso fazer nada, tem que chamar outra pessoa’. A saúde pública está um descaso, afirmou.
Como ficou na unidade de saúde entre 6h30 e 17h tempo entre a entrada da irmã no hospital, a medicação e a liberação por parte do profissional, Daniela diz que viu quando o homem deixou a sala de curativos.Eles costuraram onde cortou, foi profundo. Então o médico liberou, e uma senhora brigou, dizendo que o homem não podia ficar sozinho. Ele foi atendido pelo corte, não pela razão pela qual deu entrada no hospital. Eu não sei qual é, mas eles só se preocuparam com o corte, afirma.Ele aparentava ter uns 50 anos.O secretário de Saúde, Elias Miziara, disse considerar a situação inadmissível. Havendo falha dos profissionais ou da administração, seguramente haverá também punição, declarou.
G1