O procurador Mauro (Psol), candidato ao Senado, é atacado em vídeo apócrifo que circula em redes sociais. A peça de 1 minuto associa o procurador a “cuiabanos preguiçosos” como motivo de desqualificado para receber voto e logo depois fala em candidatos ligados ao agronegócio.
O vídeo começou a circular nesta quinta-feira pelo WhatsApp. O epíteto de preguiçoso parte da licença do procurador de seu cargo para concorrer nas eleições deste ano, apresentada como “imoral”. Em seguida, a ofensa é estendida a pessoas nascidas na Baixada Cuiabana que teriam a mesma qualidade.
“Sabemos que as pessoas em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres e toda a região são todos preguiçosos (sic) e não gostam de trabalhar. As cidades do agronegócio sustentam Mato Grosso porque aqui quase não tem cuiabanos”, diz o narrador.
Os candidatos que seriam as alternativas pelo agronegócio são citados em seguida. “Temos aqui candidatos que trabalham e produzem e não são cuiabanos preguiçosos: [Carlos] Fávaro, [Adilton] Sachetti, e Nilson Leitão. O agronegócio não pode deixar de ter representante no Senado. O procurador Mauro representa a preguiça e falta de vontade de todos da Baixada Cuiabana”.
A reportagem procurou o candidato Mauro para comentar o conteúdo do vídeo, e a assessoria de imprensa informou que o caso está sendo analisado pelo jurídico do Psol. Este não seria o primeiro vídeo com conteúdo considerado ofensivo. Outro foi circulado na propaganda eleitoral do candidato pelo PRB, Adilton Sachetti, sem citar nomes do procurador, se aludindo a ele pelo julgamento de licença do cargo para fazer campanha.
“A equipe jurídica já está analisando os vídeos, até mesmo o que está sendo exibido no programa do Sachetti que não cita o Mauro, mas fala sobre a licença do cargo que procurador pediu para disputar as eleições. Estamos vendo o que possível fazer”, informou a assessoria.
O procurador Mauro vem crescendo nas pesquisas de intenção de voto das últimas semanas e aparece em segundo lugar na disputa, conforme dados dos institutos Ibope e Mark.
