Piasecki é jornalista e consultor da ONU. Já viajou em diversas missões para o Afeganistão, Paquistão, República Democrática do Congo, Ruanda, Croácia e outros países. Atualmente, ele administra o Serviço de Notícias Rádio ONU.
Publicou em 2006, pela Editora Ática, o livro Meninos em guerra: história de amizade e conflito na África. Na apresentação da obra, escrita por Muhammad Ali, o ex-boxeador manda um recado para os leitores: “Aqui está então meu desafio para vocês: leiam este livro. Abram suas mentes, ouçam seus corações. Seus irmãos e irmãs do mundo dependem de vocês para que, juntos, possam enfrentar as injustiças, o ódio e a maldade que inspiram os atos brutais cometidos contra inocentes”.
O livro narra a história de Thomas e Deng, adolescentes africanos sequestrados e obrigados a guerrilhar em nome da Frente de Resistência Democrática – FRD. Adolescentes que, assim como muitas outras pessoas de diferentes partes do mundo, vivem em guerra, muitas vezes sem saber por quê. Guerra por vezes intitulada de “Santa”, mas que deixa marcas de sangue em pessoas inocentes, vítimas da ambição e do descaso social. Tortura, ataques armados e mortes passam a fazer parte do cotidiano desses garotos, que acabam construindo um forte laço de amizade ao lutarem juntos pela liberdade.
Através de Thomas e Deng o autor nos leva a conhecer outras crianças e adolescentes que perderam suas famílias e amigos e partiram para a guerra. Guerra sem restrição de idade, que não perdoa e não dá descanso. Guerra que transforma vidas e pessoas. E é essa guerra cruel e fria que Jerry Piasecki relata tão bem em “Meninos em guerra”.
A obra traz à tona problemas que ainda assombram o mundo inteiro e propõe a reflexão contra as injustiças, o recrutamento e os maus-tratos a crianças, mas também nos mostra o valor da amizade e nos dá belas lições de tolerância.
