Esportes

Viaduto da UFMT apresenta falhas e será parcialmente demolido

 
A falha foi admitida ontem pelo secretário de Estado Maurício Guimarães, após denúncia publicada no blog do ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB). 
 
“Houve um erro não só de projeto, mas principalmente de execução. Agora estamos decidindo se o pilar será demolido ou se será feita apenas uma correção. Do jeito que está, não pode”, disse Guimarães. 
 
O viaduto tem 428 metros de extensão, orçamento de R$ 23 milhões e mais de 198 vigas sustentadas por pilares pré-moldados. 
 
Há cerca de um mês, segundo o consórcio VLT Cuiabá, foi constatado que um destes pilares tinha altura inferior à necessária para o encaixe das vigas. 
 
O consórcio negou que tenha havido falha de "cálculo estrutural" e declarou que a obra "permanece com total segurança". 
 
"Foi detectada uma falha na execução de um dos pilares do viaduto. Desde então o Consórcio vem estudando as melhores alternativas, visando causar o menor impacto possível", disse, em nota. 
 
Segundo o consórcio (liderado pelas empresas CR.Almeida, Santa Bárbara e CAF), a "ocorrência" não irá "impactar no cronograma da obra". 
 
"Várias outras atividades estão sendo realizadas para a conclusão do elevado, que está prevista para o mês de agosto deste ano." 
 
Questionado, o secretário negou que a situação seja o resultado de um cronograma apertado. “Independentemente de cronograma ou projeto, o governo jamais abriu mão da qualidade do que foi contratado.” 
 
A obra do VLT, que tem orçamento de R$ 1,47 bilhão, foi licitada e contratada sem projetos básico e executivo, por meio do RDC (Regime Diferenciado de Contratação). 
 
O regime flexibilizou regras de contratação para acelerar obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. Segundo Guimarães, os custos com a correção da falha ficarão a cargo do consórcio. 
 
“Pelo RDC, o projeto e a execução são uma coisa só. Isso significa que a responsabilidade por problemas como este é inteiramente do consórcio.” 
 
Guimarães disse que a falha interferiu no ritmo da obra, mas negou que tenha havido paralisação. “A obra está mais lenta, mas não parada.” 
 
Falta um ano para a realização da Copa do Mundo de 2014 e este é apenas um dos problemas enfrentados pelo governo em relação às obras. Relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE) mostram que os cronogramas estão atrasados e duas trincheiras tiveram as obras paradas porque as empresas responsáveis abandonaram o canteiro. 
 
A solução encontrada pela Secopa foi um novo contrato, desta vez emergencial. Mesmo com a medida, a execução está aquém do previsto. 
 
Por: Rodrigo Vargas / Diário de Cuiabá
 
Foto: Pedro Alves

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Esportes

Para embalar, Palmeiras vai manter esquema ofensivo fora de casa

  A derrota para o Penapolense no último fim de semana trouxe de volta a tensão que marcou o rebaixamento
Esportes

Santos e São Paulo na vila opõe Neymar e Ganso pela primeira vez

  Ganso trocou o Santos pelo São Paulo de forma polêmica, em setembro, e até aqui não fez grandes jogos