Plantão Policial

VG registra queda no número de roubos e homicídios no 1º semestre de 2019

O 2º Comando Regional de Polícia Militar de Várzea Grande (CR2) registrou balanço positivo nos casos de roubos e homicídios, na comparação entre primeiros semestres de 2018 e 2019. Os dados são da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT) e refletem a queda no índice estadual das mesmas ocorrências.

De janeiro a junho no ano passado, foram registrados 9393 roubos em Mato Grosso. Neste ano, o número caiu para 7308 – baixa de 22%. Na área de atuação do 2º Comando Regional, que engloba os municípios de Várzea Grande, Acorizal, Nobres, Jangada, Rosário Oeste, Nossa Senhora do Livramento e Poconé, o índice de 1725 denúncias no semestre inicial de 2018 teve uma redução de 234 casos no mesmo período em 2019, e fechou os seis primeiros meses com 1491 ocorrências.

Segundo o responsável pelo 2º Comando Regional da PM, coronel Marcos Roberto Sovinski, os números são animadores, porém, estão longe dos indicadores almejados pela corporação. O comandante destaca que os crimes envolvendo roubos são os principais focos de combate da Polícia Militar. Ele atribui esse fato a violência empregada pelas quadrilhas nos assaltos, que provocam a sensação de insegurança no espaço público.

“Embora os índices sejam positivos, a violência nos casos aumentou. Cada vez mais os criminosos têm entrado em confrontos com troca de tiros com a polícia. Só neste ano, 200 armas foram apreendidas em posse de bandidos pelo Comando Regional”.

Sovinski destaca que os roubos de veículo são as ocorrências que mais despertam preocupação na corporação, devido à agressividade dos ladrões na prática dos delitos e na reação de muitas vítimas, que podem trazer consequências ainda mais graves.

“Os roubos de carros são os cenários que mais requerem cuidados, porque é muito comum esses tipos de casos se tornarem um possível latrocínio (roubo seguido de morte). As pessoas fazem inúmeros sacrifícios para ter um veículo, na maioria das vezes financiado e sem seguro, e acabam reagindo de uma forma agressiva ao se depararem com esse tipo de situação”.

Em relação ao número de homicídios, a melhora é ainda mais evidente. Só no município de Várzea Grande, o percentual de queda no número de mortes foi de 56% (39 no primeiro semestre de 2018 e 17 no mesmo período em 2019).

Para o coronel Sovinski, os indicadores são frutos de um árduo trabalho da equipe de policiais nas ações de prevenção da criminalidade na região. As principais medidas, segundo o militar, são:

Bloqueios policiais (mais conhecidos como as ‘blitz’ de trânsito): que têm o objetivo de apreender drogas, armas, carros roubados, identificar foragidos da justiça, além de checar as infrações administrativas do código de trânsito;

Saturações: consiste em rondas e abordagens nos locais de maior periculosidade;

Operações ‘Asfixia’ e ‘Sossego’: ações de fiscalização de pontos de venda de bebidas alcoólicas e uso de som alto;

De acordo com o comandante, esses procedimentos são coordenados pelo departamento de inteligência da Polícia Militar, que realiza uma análise semanal criteriosa de dados estatísticos a respeito do foco da criminalidade em determinados locais no município. A partir do diagnóstico feito, as equipes são mobilizadas para o cumprimento das operações. “Não há margem para discricionariedade nesse procedimento”, garante.

Papel do policial

“A presença física do Estado na rua […] Profissional no qual a população vai se socorrer nos momentos de necessidade”. Foi dessa forma que Marcos Sovinski definiu a função do policial na sociedade. Segundo ele, o papel dos agentes de segurança vai muito além da repressão a crimes e da captura de infratores da lei.  

“O policial está envolvido em diversos contextos no dia a dia, como acidentes de trânsito, socorro médico, casos envolvendo idosos e crianças e que nem sempre são atribuições da competência dele. As pessoas nos veem como o socorro imediato da população. A sociedade espera que o policial seja honesto, comprometido, corajoso, ágil e eficiente. Portanto, temos que nos preparar da melhor forma possível para dar o encaminhamento correto para os cidadãos que precisam de ajuda”, complementa.

O coronel tem 26 anos de carreira na corporação e diz que a profissão não é um simples ofício. Sovinski conta que situações rotineiras no cotidiano de qualquer pessoa fora do ambiente de trabalho necessitam de precauções adicionais por parte dos militares. 

Coronel Marcos Roberto Sovinski

“Meu sonho de criança era ser bombeiro. Porém, a vida me ofereceu uma grande oportunidade para seguir na carreira militar como policial. Entrei na corporação com 23 anos de idade e, com o passar do tempo, essa oportunidade se transformou em um ‘estilo de vida’. Quem é policial sabe disso. Ao sentarmos em uma lanchonete ou em filas nos estabelecimentos, temos que virar de lado para poder acompanhar todas as movimentações ao redor; para estacionar em algum local ou mesmo chegar em casa, temos que observar todos os cantos para ver se não tem nada de anormal a volta; quando os filhos saem de casa, a atenção é redobrada (…) São esses tipos de cenários que transformam o nosso trabalho em um estilo de vida, em função das inúmeras inimizades que o exercício da função traz”.

Mesmo com tanto tempo de Polícia Militar, o comandante acredita que o tempo de carreira contribuiu para o seu amadurecimento pessoal e profissional. “Com 26 anos de PM, a gente analisa mais as nossas condutas, todos os tipos de situações e também passa a escolher melhor os lugares que frequenta”. Ele também acrescenta que o prazer pela profissão é o maior combustível para seguir na jornada diária. “A maior motivação é continuar fazendo o que gosta. Isso é fundamental”, conclui o coronel.  

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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