Política

Vereadores dizem ver ‘oportunismo’ e ‘constrangimento’ em repasse de verba

Vereadores de oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) dizem ver “oportunismo” e tentativa de “constrangimento” na decisão em adiar o repasse de verba suplementar para o prazo final.

Na sexta (6), o déficit orçamentário da Câmara chegou à medida de demissão de 460 servidores para reequilibrar as contas, por falta de recurso em caixa para manter o custeio até o fim do ano.

Vereadores afirmam que o assunto vem sendo discutido com o prefeito Emanuel Pinheiro desde março deste ano, mas somente no início de setembro houve ato administrativo para a liberação de R$ 6,7 milhões, em um contexto de denúncias contra Pinheiro de recebimento de mensalinho na gestão de Silval Barbosa (PMDB) e pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o caso.

“O prefeito poderia ter repassado a verba no início do ano e por meio de decreto do Executivo. Ao contrário, deixou para a última hora e para aprovação dos vereadores um projeto do Executivo. Isso me parece ocultação de informação o que atinge os vereadores”, disse Abílio Junior (PSC).

“Isso é uma forma de oportunismo, de mudar o foco do problema, de trazer para a Câmara um problema que não é dela para uma solução que ele [Emanuel Pinheiro] poderia ter dado antes. Ele quer ser salvador da pátria, chegar aqui tentar salvar todo mundo porque a Câmara está no desespero”, complementou.

Os vereadores da oposição questiona o trâmite modelo de repasse de verba suplementar para a Câmara por meio de projeto do Executivo, o que coloca a aprovação da medida sob a votação do pleno da Câmara.

Abílio Junior afirma que normalmente os repasses de verba suplementar são liberados via decreto do Executivo, como no governo do Estado e em outras prefeituras de Mato Grosso. Um modelo que suspende a necessidade de trâmite pelo Legislativo.

“O prefeito tem tempo e tem autonomia para repassar a verba suplementar, que é um direito da Câmara. Mas, numa tentativa de constranger os vereadores, os colocando para votar medida que atinge 460 servidores, decidir pelo projeto do Executivo que sequer foi entregue na Câmara ainda”, disse Felipe Wellaton (PV).

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Redação

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