Foto: Ednei Rosa
O líder do Executivo Municipal na Câmara de Vereadores de Cuiabá, Leonardo de Oliveira (PTB), terá que convencer os seus colegas parlamentares a aprovar o pacote de medidas propostas pelo prefeito Mauro Mendes (PSB). Com o objetivo de enxugar os gastos da máquina pública, o gestor propõe, entre outras coisas, a demissão de 500 servidores comissionados, a extinção de nove secretarias e o fim do curso preparatório para o ensino superior, o Cuiabá Vest.
Para ter suas propostas aprovadas, o prefeito precisa ter a aceitação de, no mínimo, 13 vereadores, ou de 19 se a mensagem for votada em regime de urgência.
Segundo Leonardo, os vereadores deverão ter acesso ao teor do projeto de mudança no fim desta segunda-feira (24) e só assim, analisar se concordam ou não com as intenções de Mendes. O parlamentar acredita que a votação só será feita na sessão plenária de quinta-feira (27).
“De hoje para amanhã nós recebemos em mãos o projeto completo, daí poderemos discutir as propostas. Provavelmente alguns parlamentares vão apresentar ressalvas, mas faremos um trabalho de convencimento”, explicou o líder do governo.
Fim do cursinho popular
Uma das propostas que promete gerar mais polêmica é a extinção da Fundação Educacional de Cuiabá, consequentemente o fim do curso preparatório para a inclusão da população mais carente ao ensino superior, o Cuiaba Vest.
Criado há nove anos, ainda na gestão do ex-prefeito Wilson Santos, o cursinho popular já atendeu mais de 18 mil alunos em 12 polos de ensino da capital.
A prefeitura, que arca anualmente com R$ 1.650.000 para o projeto, afirma que a medida é necessária para assegurar a sua obrigação constitucional, de garantir o ensino infantil e fundamental para milhares de famílias cuiabanas.
Contenção de gastos
Na última quarta-feira (19) o prefeito Mauro Mendes anunciou a reestruturação do organograma do Executivo Municipal, com a redução de secretarias e cortes de 500 cargos comissionados.
A medida de diminuir as atuais 24 secretárias e autarquias para apenas 15, tem como justificativa a necessidade do enxugamento de custos e o aumento da eficiência da máquina pública. Com quase dois anos de gestão, esta foi a mais radical mudança realizada pelo prefeito.