Política

Vereadores da base de Emanuel são maioria na CPI da Saúde

O Colégio de Líderes da Câmara de Cuiabá escolheu, durante a reunião desta segunda-feira (18), os membros que irão compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, proposta pelo vereador Abílio Júnior (PSC) na semana passada para investigar uma suposta "gestão temerária" e "ingerência" da Saúde da Capital. Dos três membros que irão investigar a pasta, dois são da base aliada do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).

Autor do requerimento da CPI, o vereador Abílio é o presidente da comissão, e será acompanhado pelos vereadores Ricardo Saad (PSDB), que será o relator, e Doutor Xavier (PTC), que irá atuar como membro. Os membros já trabalham a partir desta terça-feira (19). Eles terão prazo de 120 dias para finalizar um relatório sobre a apuração.

Os nomes dos membros foram apontados pelos líderes partidários, por meio de votos. Vale ressaltar que apenas aqueles que assinaram o requerimento de criação da CPI poderiam ser eleitos, sendo eles, além do Abílio, os vereadores Dilemário Alencar (Pros), Diego Guimarães (PP), Gilberto Figueiredo (PSB), Marcelo Bussiki (PSB), Ricardo Saad (PSDB), Doutor Xavier (PTC), Felipe Wellaton (PV) e Toninho de Souza (PSD).

Proposta na semana passada após o vereador ter sido expulso da Secretaria Municipal de Saúde com uso de força policial, quando tentava acessar a documentações do órgão, a CPI deve apurar uma “gestão temerária e possível ingerência política e administrativa da Secretaria Municipal de Saúde”, além da falta de medicamentos e “eventual crise provocada” para viabilizar a realização de contratações emergências e contratação de servidores fantasmas.

Histórico de CPI

Outra CPI de bastante polêmica no âmbito da Câmara Municipal foi a CPI do Paletó, instalada no final de 2017, após o prefeito Emanuel Pinheiro ter sido flagrado recebendo suposto dinheiro de propina pago em mãos pelo ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa. O caso aconteceu quando ele ainda era deputado estadual e foi amplamente divulgado na mídia, após vídeo entregue na delação do ex-governador vazar. O caso chegou a ser divulgado no Jornal Nacional, da rede Globo.

A CPI, que também tinha o prazo de 120 dias para finalizar o trabalho, foi suspensa pela Justiça em razão da composição da mesa, que tinha como maioria a base do prefeito, sendo composta pelos vereadores Marcelo Bussiki, que é da oposição, Adevair Cabral (PSDB) e Mário Nadaf (PV), sendo os dois últimos ambos de situação. A Justiça estadual chegou a considerar que os membros atuavam para o retardo das atividades.

 

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