Denunciado em agosto de 2017, suspeito de cometer crimes contra a dignidade sexual e corrupção de menores, o vereador Adevair Cabral (PSDB) levou quase dois anos para ser investigado. Além do parlamentar, também foram denunciados o indicado político Jaburitã Francisco Nunes e o Clube da Associação dos Servidores Públicos Municipal e Câmara Municipal (ASPE).
Adevair Cabral foi alvo de uma denúncia anônima na ouvidoria do Ministério Público de Mato Grosso, no período em que presidia o clube. À época, foi relatado que festas com aliciamento sexual de adolescentes eram realizadas nas dependências da instituição.
Diante da denúncia, foi instaurado um Auto de Investigação Preliminar (AIP) na Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande (DEDMCI-VG) para verificar a veracidade dos fatos.
Porém, o caso só foi remetido à Polícia Civil em fevereiro deste ano, quando uma equipe da delegacia foi até o local, onde foram ouvidas diversas testemunhas, que não confirmaram o relato.
Segundo as informações, o local é um clube frequentado por servidores associados e seus familiares, onde são realizados eventos como festas de casamento, formaturas e aniversários.
De acordo com o apurado, na rua atrás desse clube da ASPE, existe uma casa de eventos conhecida como “Clube do Jonathan”, em que aconteciam festas com a participação de menores de idade. Inclusive, a Polícia realizou ação recente no local, com abordagens e o estabelecimento foi fechado.
O procedimento de Auto de Investigação Preliminar foi concluído pela DEDMCI-VG sem a comprovação da denúncia contra o vereador e remetido ao Ministério Público Estadual em 13 de março deste ano.
O Ministério Público, por sua vez, destacou que o caso ainda não é inquérito. As diligências foram finalizadas e estão para análise da Promotoria de Justiça.
Outro lado
O Circuito Mato Grosso tentou contato com o vereador Adevair Cabral, no entanto, as ligações não foram atendidas.