O vereador Akihiro Suzuki, que havia anteriormente negado ter feito tais comentários, pediu desculpas em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, no que chamou de um comentário inapropriado".Eu não fiz este comentários com nenhuma intenção de insultar a vereadora Shiomura, disse o legislador de 51 anos.Eu reconheço que há mulheres que querem se casar e não podem, e aquelas que querem ter filhos e não podem. Meus comentários não se preocuparam com pessoas como essas."
As declarações indignaram o Japão e também irritaram representantes do Partido Liberal Democrático, do primeiro-ministro Shinzo Abe, já que foram feitos num momento em que o governo se prepara para anunciar planos econômicos que incluem aumentar a força de trabalho feminina, em uma sociedade onde muitos acreditam que o lugar delas ainda é em casa.Suzuki, que se encontrou com Shiomura para pedir lhe desculpas pessoalmente, disse ter deixado o partido, mas afirmou que permanecerá na Câmara Municipal de Tóquio para ajudar a melhorar a situação aqui.
Shiomura disse a repórteres que sentiu "algum alívio", mas esperava que os outros provocadores também se apresentassem.Abe vem há tempos tomando medidas para mobilizar a força de trabalho feminina para revitalizar a economia e compensar a crescente escassez de mão de obra.Seu plano de reforma econômica, que deve ser apresentado na terça-feira, terá como meta o aumento na proporção de mulheres gerentes corporativos de 7,5 por cento no ano passado para 30% em 2020, bem como a criação de 400 mil novas vagas de creches para que as mulheres possam criar os filhos e trabalhar.
As mulheres no Japão são frequentemente encorajados a deixar seus empregos depois de ter filhos e muitas que trabalham têm entre suas incumbências tarefas subalternas, como ter de servir chá aos colegas do sexo masculino.
G1