Por quanto tempo ainda teremos viço
Para esperar (perplexos em ceticismo)
Com o poço da dignidade em nível tão perigoso?
Que argumentos para a bandeira moral,
Quando a nacionalidade agasalha a pulha?
Em que sarjetas juntar os princípios
E construir parâmetros para justificar
Aos velhos e aos moços
Esse universo de impunidades?
O que soçobrará aos filhos
Se os pais envelhecem repetindo,
O que ouviram dos seus pais?
E esse tal futuro, não chega nunca!
Que fazer com a nossa vergonha,
Antes orgulho,
De ter nascido Ilha, de Vera Cruz?
Alcançar a Terra de Santa Cruz
E esperar um Brasil na alma?
Vera Crucis – Brasil
Nossa alma queima, na fogueira do desrespeito.
Do pai para o filho e do filho para o pai.
Do governante para o governado.
E do governado para o governante.
O sangue que escorre da nossa cara
Alimenta a jugular de vaidades
E interesses poderosos.
Até quando, nesta vera crucis,
Terei de mentir aos meus filhos
Que devem amar seu País
(apesar das veias secas)?
Mentir?
Grande mentira a minha!
Se me revolto com a calhorda,
É por adorar o meu Pais
(e meus filhos sabem disso)
Um dia, este povo acorda…