As vendas do comércio brasileiro cresceram 2,8% em janeiro deste ano, ante o mês anterior. Na comparação anual, o primeiro mês deste ano também mostrou alta de 1,9%, segundo o Índice do Varejo Stone (IVS).
Para o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, Matheus Calvelli, o crescimento em janeiro pode ter sido influenciado por uma base de comparação baixa, após quedas seguidas em novembro e dezembro. “A alta mensal é um bom sinal para o setor, ainda que o cenário macroeconômico sinalize cautela”, diz.
Com o desemprego em 6,2% em dezembro, o mercado de trabalho segue aquecido, embora os dados do Caged indiquem desaceleração nos empregos formais. Somado a isso, Calvelli pondera que a inflação dos alimentos, acumulando 8,2% em 12 meses, agrava ainda mais a pressão sobre as famílias endividadas.
Por isso, o índice também identificou que no mês de janeiro o comércio digital apresentou queda mensal de 1,6%, enquanto o comércio físico registrou alta de 1,5%.
Segmentos e regiões
O estudo da Stone também identificou que todos os oito segmentos analisados reportaram alta em janeiro, ante o mês anterior. O setor de Tecidos, Vestuário e Calçados foi o que registrou maior crescimento (4,8%), seguido por Artigos Farmacêuticos (2,2%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (2%).
Os outros segmentos que avançaram em menor intensidade foram: Móveis e Eletrodomésticos (1,7%), Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (1,5%). Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (1,4%), Combustíveis e Lubrificantes e Material de Construção (1,1%).
O sinal positivo também foi unânime entre os 19 Estados analisados. Dentro do recorte regional, Roraima liderou o crescimento do comércio varejista com alta de 9,3% em janeiro, em comparação com o mesmo mês de 2024.
Logo atrás, figuraram os Estados do Amazonas (6%), Acre (4,6%), Alagoas (4,3%), Ceará (4,1%), Amapá (3,9%), Pará (3,2%), Rio de Janeiro (2,9%), São Paulo (2,8%), Goiás e Minas Gerais (2,6%), Espírito Santo (2,2%), Tocantins e Maranhão (1,6%), Rondônia (1,5%), Pernambuco (1%), Rio Grande do Norte (0,9%), Bahia e Sergipe (0,8%).