A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu quatro seguranças suspeitos de envolvimento na morte do venezuelano Hidemaro Ivan José Sanches Camacho, ocorrida no Terminal 1 da Rodoviária de Cuiabá. O homem, identificado na manhã desta quarta-feira (5), morreu no Hospital Municipal de Cuiabá após sofrer agressões físicas durante uma contenção considerada excessiva pelos investigadores. O caso segue sob apuração da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo o delegado Nilson Farias, Hidemaro teria chegado ao terminal em aparente surto, se debatendo contra a estrutura do local. O papel dos vigilantes seria conter a situação, mas, de acordo com as imagens das câmeras de segurança, os suspeitos recorreram a métodos violentos, incluindo agressões físicas e um mata-leão, que pode ter sido determinante para a morte da vítima. “Eles assumiram o risco da morte, ainda que não quisessem”, afirmou Farias.
Os detidos foram identificados como Alvacir Marques de Souza, 68; Jonas Carvalho de Oliveira, 55; Dhiego Erik da Silva Ferreira, 33; e Luciano Sebastião da Costa, 48. Três deles foram presos durante depoimento na DHPP, enquanto o quarto foi localizado em casa, na cidade de Várzea Grande. Durante as investigações, um dos seguranças foi flagrado portando uma tonfa de ferro, instrumento proibido para uso profissional e que pode ter sido utilizado na agressão. Hidemaro apresentava um corte significativo na cabeça, levantando suspeitas sobre o impacto das agressões.
As imagens do circuito de segurança mostram a vítima tentando fugir na área escura próxima ao terminal, desorientada, antes de cair na plataforma. Mesmo no chão, ele continuou sendo agredido pelos seguranças, culminando na manobra de estrangulamento que pode ter sido fatal. A conduta de cada suspeito será individualizada no inquérito, conforme destacou o delegado, uma vez que alguns teriam agido com maior violência do que outros.
O caso continua em investigação e os suspeitos podem responder por homicídio.