A neurologista Andrea Bacelar alerta, no entanto, que é fundamental fazer um diagnóstico correto para que o paciente inicie o tratamento adequado. Para isso, é importante procurar um médico e explicar as queixas segundo a médica, cerca de 30% dos adultos, por exemplo, têm apneia do sono, mas nem todos buscam ajuda.
A falta do tratamento pode piorar até mesmo a depressão, se o paciente tiver – mesmo que ele cure a depressão, se não tratar o problema do sono, há três vezes mais chances de a doença voltar.
O mesmo pode acontecer do outro lado quem tem depressão tem 70% mais chances de perder o sono. Por isso, é importante prestar atenção aos sinais que o corpo dá, que podem ajudar muito a detectar o problema exato.
De acordo com a médica, quem tem algum distúrbio do sono geralmente tem, além dos sintomas descritos inicialmente, indisposição física, indecisão, falta de energia e cansaço ao longo do dia. Já quem tem depressão pode ter associados sinais como desinteresse, isolamento social, choro fácil e pessimismo.
Apesar das diferenças, não é fácil detectar esses problemas para o aposentado Lazaro Gilberto Guimarães, de 62 anos, por exemplo, o cansaço e irritação no meio do dia foram causados por um distúrbio bastante comum em homens obesos e com mais de 40 anos: a apneia do sono.
Por causa disso, ele acordava várias vezes durante a noite e passava o dia cansado e desanimado. Porém, após o diagnóstico, ele iniciou um tratamento no Instituto do Sono e passou a dormir embalado por um aparelho que auxilia a entrada de ar pelo nariz durante a noite, como explicou a reportagem da Natália Ariede.
Já para o Floriano Rodrigues Marinho, de 47 anos, a história foi contrária o cansaço, a insônia e o afastamento do trabalho por causa de um acidente começaram a desanimá-lo e o alívio só veio quando ele descobriu que o principal problema não era a falta de sono, mas sim a depressão.
Depois do diagnóstico, ele passou a tomar remédios, a dormir melhor e a ter mais energia.
BEM ESTAR