A Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde, deu início ao conjunto de ações que integram o plano de ação de enfretamento e eliminação aos focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor das doenças dengue, zika vírus e a febre chikungunya. As primeiras ações serão executadas no Setor IV que abrange a Região do Grande São Mateus.
O plano será executado em três etapas de trabalho e terá uma duração aproximada de três meses com a participação das Secretarias Municipais de Saúde, Infraestrutura e Educação. “O ponto de partida dos agentes de combate às endemias na execução das ações será onde as equipes encontraram focos de larvas do mosquito em reservatórios de água nas residências destas localidades, principalmente nos bairros São Mateus e Parque Sabiá”, disse o superintendente de Vigilância em Saúde, Juliano Melo.
A equipe iniciou segunda-feira (02) a intensificação das visitas de casa em casa, o que já faz parte do trabalho de rotina dos agentes de saúde e endemias. “A ação esse ano ganha reforço e fica concentrada em locais estratégicos a fim de eliminar os focos de criadouros do Aedes aegypti, além de alertar e conscientizar os moradores para os perigos das doenças que o Aedes transmite. E também ensinam regras básicas de como eliminar os criadouros”, disse o gerente do Centro de Zoonoses de Várzea Grande, Ivan Nilson Rondon Mendes.
Desde novembro de 2016 a Vigilância em Saúde junto com o Centro de Controle de Zoonoses vem elaborando um conjunto de ações a serem executadas de forma mais enérgica nos bairros onde a situação é mais crítica levando-se em conta a confirmação de larvas do mosquito, concentração de lixo e casos de dengue notificados de acordo com Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa)”, apontou.
“Onde há confirmação de focos, os agentes estão aplicando larvicidas em todos os depósitos de água. Com essa forma de atuação o nosso objetivo é eliminar larvas do mosquito Aedes aegypti. Somente no Parque Sabiá são 30 quarteirões a serem trabalhados”, esclarece o gerente do Centro de Zoonoses, Ivan Mendes.
Na segunda etapa de trabalho terá uma parceria com a equipe da Secretaria de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana e Viação Obras e Urbanismo que farão a operação de limpeza urbana a remoção de todos os recipientes inservíveis que são criadouros em potencial, chamados “lixo da dengue”, como geladeira, fogão, sofá, entre outros eletroeletrônicos.
“Para a ação serão disponibilizados cinco caminhões para transportar o lixo, um trator (pá carregadeira) e 10 auxiliares de limpeza. Por fim, na terceira etapa do Plano entrará em ação uma equipe de controle químico do Centro de Controle de Zoonoses que irá atuar somente nas localidades onde foram registrados notificações de casos de dengue. Essa etapa terá a mesma abrangência da equipe de agentes de combate à endemia e o objetivo será diminuir a infestação do mosquito já na fase adulta”, explicou Ivan Mendes.
O superintendente de Vigilância em Saúde de Várzea Grande, Juliano Silva Melo, destaca que a Secretaria Municipal de Educação vai integrar o Plano com trabalhos de conscientização junto aos estudantes de Várzea Grande e inserido o tema nas disciplinas extracurriculares com a finalidade de tornar os alunos da Rede Pública multiplicadores na ação de conscientização. “Essa parceria é importante porque além das ações de combate aos focos de criadouros por parte da Saúde Pública, também é preciso investir na prevenção, orientação e divulgação sobre as formas de evitar a proliferação. O tipo de depósito mais comum em Várzea Grande é o reservatório baixo e precisamos conscientizar os moradores que é necessário medidas de proteção a vida”, esclarece Juliano.
Para melhor organizar os trabalhos, a Cidade foi dividida em quatro setores. Cada um desses setores tem um supervisor geral que coordena uma equipe de agentes de combate a endemias. Cada agente trabalha uma média de 800 a mil moradias. No setor IV composto por 40 bairros, 22 agentes integram a equipe. A previsão e concluir os trabalhos na região do Grande São Mateus em 17 dias.
Dados – As notificações de dengue em Várzea Grande em 2016 foram de 725 casos, enquanto os casos de Zika notificados totalizaram 1.329 até 31 de dezembro. Em relação à febre Chikungunya foram 4 notificações no período.
Fonte: Secom/VG