Cidades

Variação no preço de produtos da ceia de natal passa de 100%

Com a chegada do Natal e das festividades de fim de ano, alguns produtos ficam em evidência, por serem bem mais consumidos nessa época, muitas vezes ocasionando a elevação dos preços.  Já que muita gente não abre mão de celebrar as datas como manda o figurino, com os pratos e bebidas mais tradicionais, pesquisar em diferentes estabelecimentos pode garantir uma boa economia e mais fartura na mesa.

Para facilitar o trabalho de nossos leitores, listamos alguns produtos sazonais e outros itens que também estão sempre presentes nas ceias de Natal e Ano Novo, com os respectivos preços cobrados por três das maiores redes de supermercados da Capital. Mesmo para quem compra em estabelecimentos menores, os valores podem servir como referência para aqueles que pretendem pagar menos. (ver anexo)

Aperitivo sempre bem-vindo nas festas, e que também combina com muitos pratos, a castanha de caju pode custar bem mais, dependendo do estabelecimento. Em um dos mercados o quilo custa R$ 86,99, enquanto nos outros os valores são de R$ 96,70 e R$ 129,90. A diferença pode não parecer tão alarmante, já que o produto raramente é comprado por quilo, e, sim, em quantidades menores. No entanto, a variação é de 50%.

Entre as diversas opções dos sazonais panetones, a diferença verificada não foi tão expressiva. Selecionamos uma marca líder de vendas e outra mais popular. Os preços do produto mais conhecido variaram de R$ 14,99 a R$ 17,49. Já o preço cobrado pelo outro panetone era o mesmo nos três supermercados: R$ 8,99.

O valor mais em conta do tradicional peru de Natal encontrado pela nossa equipe foi de R$ 14,98 o quilo. Nos outros mercados, os preços para o produto da mesma marca foram de R$ 16,45 e R$ 18,95. A variação de R$ 3,97 para cada quilo de carne representa quase 30% do valor do produto mais barato.

Se o preço da uva passa praticamente não muda nos estabelecimentos consultados, essa diferença pode ser gritante no caso da fruta in natura. O quilo da uva red globe pode custar R$ 11,38, R$ 15,96 ou até R$ 23,95. Neste caso, a diferença chega a quase 110%, ou seja, dá para levar mais de dois quilos no mercado que cobra menos com o dinheiro que você compraria um quilo no último estabelecimento citado. O quilo da uva clara varia de R$ 13,78 a R$ 19,90 – variação superior a 45%. 

A garrafa do mesmo vinho tinto custa de R$ 27,90 a R$ 36,20. A diferença, de aproximadamente 30%, é bem menos contrastante (apesar de também ser bastante expressiva) do que a verificada nos valores praticados pela garrafa de sidra com 660 mililitros. O produto pode custar praticamente 100% a mais, dependendo do local da compra, com preços que vão de R$ 9,99 a R$ 19,90.

Cautela

Economizar nas compras do dia a dia pode fazer diferença no bolso e no orçamento dos consumidores, principalmente em longo prazo. E os economistas alertam: se começo de ano geralmente é um sufoco danado para controlar as contas e despesas extras comuns da época, em tempos de crise a situação fica ainda mais delicada. Por isso, é preciso ficar atento e poupar onde for possível.

“Por mais que o 13º esteja circulando, pesquisar é imprescindível para preservar as finanças. No começo do ano a carga de compromissos financeiros é maior. Está chegando a hora de pagar o IPTU, de comprar material escolar, para quem tem filhos, em alguns casos o IPVA também já sai no começo do ano, então ter cautela é fundamental. Ainda mais neste momento em que estamos vivendo, de incertezas políticas e retração na economia. É mais um motivo pra gente mudar essa cultura de gastar mais do que ganha”, sintetiza o economista Renato Gorski.  

Vendedora e dona de casa, Rosângela Almeida garante que administra o dinheiro com muito cuidado, e que são esses pequenos detalhes do cotidiano que permitem o “milagre” do fechamento das contas, todo santo mês. “As coisas não estão fáceis, então não tem como comprar sem pesquisar. Eu vejo as promoções na TV, nos panfletos dos mercados e comparo os preços aonde vou. Com certeza dá pra gastar bem menos e isso é que faz a diferença no final do mês”, afirma.   

 

 

 

 

 

 

* Levantamento realizado no dia nove de dezembro, nos supermercados Big Lar Jardim das Américas, Extra da Avenida Fernando Corrêa e Comper da Avenida Fernando Corrêa.   

Thales de Paiva

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