Política

“Vamos respeitar o direito da minoria de espernear”, diz Mendes sobre deputado

Foto: Ahamad Jarrah / Circuito MT

Mesmo estando no grupo que elegeu e apoia a gestão do governador Pedro Taques (PDT), a rusga histórica entre o prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) e o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) continua. A mágoa entre os políticos voltou a tona após a ida dos vereadores da capital para base aliada do gestor municipal.

Durante a abertura do 10º Circuito Aprosoja, realizada na quinta-feira (09), na capital, Mauro Mendes não quis polemizar, mas rebateu as reclamações e articulações de Wilson – que participou do encontro nacional do PSDB para defender que o partido tenha candidatos próprios nos grandes colégios eleitorais, como o de Cuiabá – dizendo que o apoio dos tucanos não é unanime, mas que respeita a minoria que não deseja apoia-lo.

“Democracia é a vontade da maioria, eu estou do lado da maioria e vamos respeitar o direito da minoria de espernear. Eu gostaria de contar com todos os cidadãos de bem, que querem o melhor para Cuiabá. Agora, não tenho pretensão de ser unanimidade, saberei e sei respeitar as divergências que possivelmente possam existir”, afirmou o prefeito.

O deputado tucano, que disputou as eleições de 2008 e 2010 tendo como adversário o socialista, não gostou da adesão dos vereadores do PSDB a base de Mendes. Além de defender que o partido tenha candidatura própria nas eleições municipais do ano que vem, Wilson não quer nem pensar em um possível apoio a reeleição do prefeito.

Em 2008, Wilson disputou a reeleição na Prefeitura de Cuiabá e derrotou Mauro, à época no PR, no segundo turno. Em 2010, foi a vez de o socialista levar a melhor. Mesmo derrotado por Silval Barbosa (PMDB), ainda no primeiro turno, ficou na frente do ex-prefeito, que renunciou ao cargo e acabou em terceiro na disputa pelo Governo.

Mauro Mendes, mesmo se considerando candidato natural à reeleição, prefere não confirmar sua candidatura para o pleito eleitoral do ano que vem, mas garantiu que o grupo político que elegeu Taques para Palácio Paiaguas terá um candidato.

“Nós teremos candidato em 2016, é muito provável que o mesmo campo politico que apoiou Pedro Taques esteja no mesmo lado na principal eleição, que é na capital, mas quem vai estar neste campo eleitoral, nós ainda não definimos”, afirmou.

Redação

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