Política

Valtenir não descarta desembarque do PSB do governo Taques, mas prega diálogo

O novo presidente regional do PSB, deputado Valtenir Pereira, adotou um discurso “paz e amor” contra a revolta dos líderes partidários da sigla, que contestam a sua volta, após quatro anos de sua desfiliação.

Desde a sua filiação na última semana o principal questionamento é se o novo presidente do PSB – um dos principais opositores ao Governo do Estado – iria fazer com que o partido desembarcasse do governo Pedro Taques (PSDB) e quebrasse a aliança mantida desde as eleições de 2010. 

No entanto, Valtenir afirmou que o momento é de dialogo.

Vamos construir um consenso. [Dentro de um partido] não se pode ter briga. Ainda há muita coisa para conversar

“Vamos construir um consenso. [Dentro de um partido] não se pode ter briga. Ainda há muita coisa para conversar”, afirmou à imprensa, na tarde desta quinta-feira (22).

Valtenir, que estava filiado ao PMDB, disse que sua volta ao PSB tem como objetivo realinhar as diretrizes partidárias da sigla.

“Voltei ao PSB para fazer um reposicionamento da política nacional e local. Foi muito importante para dar uma reposicionada na minha linha de atuação parlamentar. No PSB, terei a oportunidade de estar mais próximo daquilo que defendo. Sou defensor público, forjado nas bases, então, o PSB fica muito próximo dessa linha. Voltar ao PSB é reencontrar essa linha política”, declarou.

“Vamos construir consenso. Vim para reposicionar o partido na sua origem e ideologia. Vamos dialogar, pois é a forma de resolver qualquer dificuldade”, completou.

Valtenir ainda fez suspense, afirmando que, na presidência regional, deve trazer a filiação de outras lideranças.

“Isso é questão de tempo. Cada filiação maravilhosa que virá, que ninguém imagina”, afirmou.

Bem recebido

Ao contrário do que as lideranças do PSB demonstram publicamente, Valtenir disse que foi muito bem recebido por correligionários.

Além disso, ele negou que sua volta à sigla seja incoerente, como apontou, por exemplo, o deputado federal Fábio Garcia. O ex-presidente regional disse que Valtenir atua de forma contrária as diretrizes socialistas, como na votação da Reforma Trabalhista, em que, assim como Garcia, Valtenir votou a favor da proposta do governo Michel Temer (PMDB).

Por conta do voto, Fábio foi punido com a destituição da presidência.

“Essa questão do Fábio [Garcia] é dele com a Executiva Nacional. [A volta ao PSB] é a reposição da minha atuação parlamentar. [Nas próximas votações no Congresso] vou ter uma coerência partidária. Sempre acompanhei o partido [que estive]. Nunca tive uma indisciplina partidária”, disse.

“Quando estive no PSB, votei junto com o partido. Quando precisei votar diferente, sempre dialoguei. No PMDB não foi diferente. Acompanhei o partido, mesmo em algumas coisas que não acreditava. Ter uma coerência partidária é fortalecer os partidos”, declarou.

Por fim, Valtenir destacou sua atuação partidária no PSB e em outras siglas, em que apoiou duas campanhas vitoriosas à Prefeitura de Cuiabá.

“Minha vida partidária no PSB e por onde passei, foi sempre o de construir. Exemplo é o prefeito de Cuiabá. Eu fiz o prefeito em 2012 [Mauro Mendes] e fiz o prefeito de 2016 [Emanuel Pinheiro]. Tudo é um processo de construção”, pontuou.

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Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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