Nacional

‘Vai com Deus’, disse Bruno a Eliza no dia do crime, diz testemunha

Célia é irmã de Sérgio Rosa Sales, réu do processo que foi assassinado. Ela foi convocada a depor como testemunha de defesa do goleiro e de sua ex-mulher, Dayanne Souza, que também é acusada de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza.

Em seu depoimento, Célia contou que estava no sítio de Bruno nos dias que antecederam o crime. Segundo seu relato, entre o dia 9 e 10 de junho de 2010, a mulher de Macarrão passou mal. A testemunha e Dayanne então levaram-na ao hospital.

Quando retornou ao sítio, Eliza estava tomando banho e disse a ela que seria levada por Macarrão para conhecer o apartamento onde moraria.

A testemunha ainda disse que Eliza chegou a convidá-la para morar no seu novo apartamento por alguns dias. De acordo com Célia, enquanto ela conversava com a vítima, Macarrão riu. Eliza disse então: "Não sei porque esse gordo está rindo, pois se eu contar para o Bruno as coisas pesadas dele que eu sei, essa vida boa dele vai acabar."

Segundo o depoimento, Macarrão então disse que já estava na hora de ir e chamou Eliza para entrar no carro. O primo do goleiro, Jorge Luiz Rosa, também estava no veículo.

Célia disse que Eliza se despediu de Bruno dizendo "tchau Bruno". Ele então respondeu a ela: "Vai com Deus".

De acordo com o relato, a dupla retornou ao sítio com o bebê e sem Eliza. Bruno então questionou onde estaria a ex-amante. Macarrão respondeu que ela voltaria para pegar o filho.

Célia também contou aos jurados que durante o período em que Bruninho ficou longe da mãe, Dayanne cuidou da criança como se fosse filho dela.

A testemunha foi indagada sobre a contradição em seu depoimento atual e anterior a respeito do conhecimento dela da presença de Bruninho, filho do goleiro com Eliza, no sítio. Ela informou que em seu depoimento anterior estava sem a presença do advogado e por isso falou "tudo o que deu na cabeça".

INFORMANTE

Célia Sales, arrolada como testemunha pela defesa do ex-jogador do Flamengo, virou informante a pedido do Ministério Público. A juíza Marixa Rodrigues deferiu o pedido.

A mudança de condição, disse o promotor Henry Vasconcelos, era necessária porque Célia é, segundo ele, como "irmã" de Bruno, já que os dois foram criados juntos pela avó deles. Ele alegou que, falando como testemunha, isso poderia gerar contestações.

A diferença de condição é que a testemunha está obrigada a falar a verdade, sob pena de responder por crime de perjúrio. O informante não tem esse compromisso com a Justiça.

O advogado Tiago Lenoir, que defende Bruno protestou, mas depois disse que concordava com a colocação do promotor e se desculpou.

Célia é irmã de Sérgio Sales, morto em agosto de 2012. Ele também era réu no processo, acusado de participar do assassinato de Eliza Samudio, a ex-amante de Bruno. Ele foi morto porque teria mexido com uma mulher casada na rua, mas foi morto pelo amante dela. O casal está preso.

Fonte: FOLHA.COM

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus