Necessitando do uso diário do colírio “Travatan”, para manter o controle do glaucoma que atinge os seus dois olhos, Marilea reclama que a falta deste medicamento é corriqueira. “Em 2013 fiquei quase um ano sem conseguir este colírio, agora já são três meses que vou diariamente a Farmácia e sempre está em falta”, afirmou.
Atualmente, a paciente esta desempregada e tendo que arcar pessoalmente com o custo do medicamento, que nas farmácias convencionais custa em média R$ 150.
“Já estou há quatro meses desempregada, e há três sem o medicamento. Realmente não sei o que fazer para continuar o tratamento”, desabafou a usuária.
Segundo Marilea, os funcionários que a atendem sempre justificam a ausência do colírio, por falta da entrega ao Estado. “Já chegaram a afirmar que o estado já havia paga a empresa e que aguardavam a entrega. Sempre arrumam uma desculpa”, declarou.
Na segunda-feira, a situação de centenas de usuários da Farmácia de Alto Custo da capital se agravou. A unidade localizada na Rua Thogo Pereira (Centro de Cuiabá) não funcionou, ficando de portas fechadas e revoltando cidadãos que foram até o local buscar medicamentos.
Outro lado
A assessoria da Secretaria de Estado de Saúde informou, por meio de nota, que a farmácia enfrenta problemas técnicos, o que ocasionou o transtorno. Segundo a pasta, o funcionamento parcial do serviço de distribuição de medicamentos, em virtude da troca de Sistema Interno de Informação e regularização de servidores.
Afirmando que o sistema será regularizado e que o funcionamento voltará a ser normalizado na quarta-feira (13), a saúde do estado declarou que a direção da Farmácia de Alto Custo está programando o reagendamento de pacientes que foram prejudicados pela falha.