O levantamento de dados e análises do Ministério da Saúde dos últimos anos tem mostrado um ciclo comportamental que deve nos colocar em alerta: homens, apesar de mais propensos a doenças, acessam menos os serviços de saúde, exceto em situações de urgência e emergência; e meninos entre 16 e 19 anos carregam esse mesmo hábito.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a partir de dados do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS), os adolescentes têm frequentado o médico até três vezes menos do que as meninas da mesma faixa etária. Em 2020, enquanto 6,9 milhões de meninas acessaram o SUS, só 2,1 milhões de meninos utilizaram o serviço.
Mas o que leva isso a acontecer? Como dar mais atenção à saúde dos meninos durante essa idade e fazer com que isso reflita no futuro, gerando adultos cada vez mais conscientes e saudáveis?
Qual é o médico especialista na saúde dos meninos?
Os cuidados com a saúde começam logo no nascimento com a ajuda de um pediatra, que é o médico especialista da criança.
A transição de especialista deve ocorrer após os 12 anos, aproximadamente. Para as meninas já é de praxe procurar um ginecologista e começar um acompanhamento rotineiro logo após a primeira menstruação. O caminho dos meninos não costuma ser tão simples, devido a algumas questões culturais e tabus que ainda precisam ser desmistificados.
O médico indicado para acompanhar os meninos após a puberdade é o urologista. Este especialista é responsável pelo tratamento dos problemas relacionados ao trato urinário tanto de homens quanto de mulheres, mas é ele quem cuida da parte genital dos homens. Então, este especialista tem o papel de conscientizar, orientar e esclarecer sobre desenvolvimento corporal, sexualidade e ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) durante os anos da adolescência.